Foto: Agência Brasil
Secom é subordinada à Secretaria de Governo, hoje comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz
Nos últimos dias, uma acirrada troca de farpas entre o escritor
Olavo de Carvalho e o ministro da Secretaria de Governo, general Carlos
Alberto dos Santos Cruz, escancarou a queda de braço sobre os rumos da
comunicação do Planalto. O embate com o grupo de Olavo também ocorre no
Ministério da Educação, onde o titular da pasta, Ricardo Vélez
Rodríguez, está por um fio, e na Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex). O presidente da Apex, Mário Vilalva,
tem apoio dos militares do governo e está em confronto com diretores
próximos do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, homem da
confiança do escritor. Guru ideológico de Bolsonaro, Olavo tenta ampliar
cada vez mais sua influência na Esplanada dos Ministérios e em outras
repartições federais. Agora, por exemplo, quer a rápida substituição de
Floriano Amorim, atual chefe da Secom, pelo empresário Fábio Wajngarten,
que acompanhou Bolsonaro na viagem a Israel. Se depender de Santos
Cruz, no entanto, Amorim ainda fica, mesmo que seja deslocado para outra
função na pasta. Sob o guarda-chuva da Secretaria de Governo, a Secom
tem um orçamento de R$ 150 milhões para este ano e vem fazendo cortes de
verbas que desagradam às agências de publicidade. “Em pouco mais de um
mês de atividade, organizamos mais de 40 vídeos (para o governo) a preço
de salário (de servidor). Isso deve incomodar”, disse Floriano ao
Estado, na semana passada.
Estadão
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