O Ministério da Educação promoveu um contingenciamento de R$ 230 milhões
em verbas destinadas a universidades federais no fim de abril, após
Abraham Weintraub assumir a pasta. Embora os cortes atinjam várias
unidades, três delas foram mais afetadas: a Federal da Bahia (Ufba), a
de Brasília (UnB) e a Federal Fluminense (UFF), que tiveram 30% das
dotações orçamentárias bloqueadas.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Weintraub afirmou que os cortes nas três
instituições se devem ao fato de elas estarem com baixo desempenho
acadêmico e promoverem "balbúrdia" em seus campi. O valor restrito na
UFBA, na UnB e na UFF corresponde a mais da metade do contingenciamento
imposto a todas as universidades.
Segundo o ministro, universidades têm permitido que aconteçam em suas
instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas
inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com
sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse.
Para ele, a presença de "sem-terra" e "gente pelada" nas instituições é
um exemplo de balbúrdia. Em nota enviada à coluna Painel, da Folha, o
MEC afirmou que os bloqueios não atingem o Programa de Assistência
Estudantil. Em 2018, a UFF foi palco de um polêmico "ato contra o
fascismo", enquanto a UnB recebeu, recentemente, debates com Fernando
Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL).
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