domingo, 31 de março de 2019

Reforma trabalhista de Temer não abriu novos empregos, mas conseguiu reduzir os salários


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Charge do Bruno Galvão (arquivo Google)
Vanderson Tavares
Na última quarta-feira (27/03), recebi uma mensagem pelo WhatsApp de uma amiga dizendo que havia sido demitida da empresa que trabalhava. Assim como eu, ela também é do mercado offshore (trabalha embarcada em plataformas petrolíferas). Sabe qual o motivo da demissão? Não aceitou reduzir seu salário em 30%… isso mesmo que você leu. Agora é assim. Essa reforma trabalhista do governo, destinada a abrir empregos, deixa o trabalhador cara a cara com o patrão. Ou você aceita a redução salarial ou rua.
Minha amiga é uma excelente profissional, muito experiente e com capacitação extraordinária. Com certeza será substituída por uma profissional recém-formada (que também precisa trabalhar) e que aceitará um salário muito menor do que a antiga ocupante da função. E assim será daqui pra frente e para pior.
LEIS DO MERCADO – Há quem defenda essa situação, alegando que se trata de “leis do mercado”, mas o fato concreto é que a reforma trabalhista, além de reduzir salários, vai diminuir cada vez mais o número de trabalhadores formais, de carteira assinada, que estão sendo substituídos pelos MEIs (microempresários individuais, que nada tem de empresários, são apenas trabalhadores sem direitos).
O que deveria ter sido feito era uma reforma tributária, pois ao invés de mexer com os direitos do trabalhador, deveriam ter mexido com os altos impostos pagos pelos empresários, mas isso os políticos não querem, pois aí acaba a “mutreta”. Quem iria pagar as regalias dos políticos do Brasil a fora? Quem iria pagar os planos de saúde dos funcionários do Judiciário, que inclusive é extensivo aos “pais” e “netos” dependentes (coisa que nem mesmo a iniciativa privada faz)? Quem banca essas regalias são os impostos pagos pelos cidadãos.
NOVO GOVERNO – Eu até acreditava no Bolsonaro, mas com meninos dele interferindo em tudo, fica difícil confiar. Aliás, Eduardo parece ser o menos “espírito de porco”, mas também interfere. De qualquer forma, é muito pouco tempo para julgarmos, pois são apenas três meses de mandato.
Temos que continuar torcendo, pois é o que nos resta. Mas gostaria de ver Bolsonaro cumprindo suas promessas e defendendo os interesses nacionais, preocupando-se com a abertura de empregos e garantindo os direitos dos trabalhadores. Mas por enquanto, só resta pedir a Deus que nos proteja, porque até a Previdência dos pobres está sob ameaça.

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