sábado, 30 de março de 2019

CNTA publica nota criticando a nova política de preços do diesel


BLOG DO CAMINHONEIRO

A CNTA (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS​) publicou ontem uma nota em sua página oficial no Facebook, afirmando que a nova política de preços da Petrobras para o diesel, anunciada nesta semana, com alterações de valor do combustível a cada 15 dias “não é nada confortável e agrava ainda mais o momento difícil dos caminhoneiros“.
De acordo com a CNTA, para melhorar a situação geral dos caminhoneiros, os reajustes de valor deveriam acontecer a cada 30 dias. Essa foi uma das medidas adotadas pelo governo Michel Temer após a greve de caminhoneiros em maio de 2018. Após a greve, o preço do diesel só passou a ser reajustado uma vez por mês, dando mais poder de planejamento aos caminhoneiros. Essa medida deixou de valer em 31 de dezembro. Atualmente os reajustes tem acontecido cerca de uma vez por semana. Neste ano foram 13 alterações de valor do diesel, com 11 altas.
Outra medida pedida pela CNTA é a fiscalização efetiva do pagamento dos valores de frete conforme a Política de Preços Mínimos do Frete Rodoviário de Cargas. A ANTT enviou ontem ao Blog do Caminhoneiro uma nota, onde informa que tem feito essa fiscalização, e que mais de mil autos de infração já foram expedidos.
A CNTA também considera ilusória a medida que criou o Cartão Caminhoneiro Petrobras, já que isso não garante a compra de diesel em valor menor, apenas para que o caminhoneiro pague um valor fixo pelo combustível na Rede Petrobras.
Os anúncios da Petrobras e ANTT ocorrem na mesma semana em que uma possível greve de caminhoneiros pode começar. Apesar dos caminhoneiros estarem bastante divididos quanto à possibilidade de uma greve, o governo federal já está acompanhando a situação e diz estar aberto ao diálogo com os motoristas.
A principal reivindicação dos caminhoneiros para uma possível nova greve é a fiscalização do piso mínimo de fretes, que é insuficiente.
Os caminhoneiros contrários ao movimento de paralisação dizem que é necessário aguardar o governo, que tem apenas três meses no poder e muitos problemas para resolver.

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