segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Em entrevista, Moro diz que uso de candidatas laranjas pelo PSL “tem de ser apurado”


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Moro reafirma que o seu acordo com Bolsonaro está valendo
Deu em O Globo
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, falou sobre a denúncia do uso de candidatas laranjas pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Questionado sobre se ele se sente desconfortável de pertencer a um governo que pode ter usado desse método, ele respondeu que todas as denúncias “têm que ser devidamente apuradas”.
— Quando fui convidado (por Bolsonaro), o que conversamos: ninguém seria poupado. Se surgissem casos de crime no âmbito do governo, isso seria apurado e não seria poupado ninguém. E isso foi passado para a Polícia Federal. Órgãos de investigação têm independência. O próprio presidente solicitou que esses episódios fossem devidamente apurados. O trabalho que tem que ser feito em relação a esse fato está sendo feito — disse.
PACOTE ANTICRIME – Moro comentou ainda sobre as chances de aprovação do pacote anticrime pelo Congresso. Para ele, não há chance de que o projeto fique num escaninho esperando que a Reforma da Previdência seja aprovada:
“Minha impressão inicial é de boa receptividade. Esse projeto anticrime se insere dentro da linha de mudança que queremos realizar para melhorar o quadro. Não temos ilusão de que o projeto vai mudar por si só as coisas. Mas faz parte. A linha central é de que temos que endurecer em relação à criminalidade — crimes violentos, crime organizado e corrupção”, disse, acrescentando:
“Tem uma série de aprimoramentos de medidas de investigação. A Previdência é prioridade. Entretanto, isso não significa que o Congresso ficará trabalhando apenas em cima da Reforma por um semestre. As duas coisas podem ser feitas ao mesmo tempo.
MAIS ABRANGENTE – Sobre o projeto apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF) — apresentado no ano passado e que trata de propostas de mudança na legislação para fortalecer o combate à criminalidade e tornar a Justiça mais rápida — Moro disse que o seu é mais completo.
“Conheço o projeto do ministro Alexandre, mas o nosso é mais abrangente. Faltam (no dele) disposições quanto à corrupção” — afirmou.

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