Foto: Adriano Machado/Reuters
A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) será a ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro
A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS),
disse nesta terça-feira, 1º, que os setores de bebidas e fertilizantes
podem ser os primeiros a experimentar o que ela vem chamando de sistema
de “autocontrole”, acabando com as fiscalizações diárias realizadas pelo
governo. A proposta foi pensada, primeiramente, para o setor de
frigoríficos, alterando o processo de inspeção de carnes e derivados
produzidos no País. Mas, segundo Tereza, esse segmento é “complexo” e,
por isso, não deve ser o primeiro a experimentar mudanças nesse sentido.
A ministra falou sobre o assunto ao chegar para a cerimônia de posse do
presidente eleito Jair Bolsonaro. “A autogestão ou autocontrole é um
processo que começa dentro do ministério. A gente tem que dar condições
para os funcionários do ministério fazerem esse autocontrole e ele é um
aprendizado. Provavelmente os frigoríficos não serão os primeiros porque
esse é o setor mais complexo da cadeia. Mas nós temos o setor de
bebidas, que já pode começar, temos o setor de fertilizantes. Nós temos
vários setores que são menos sensíveis, que podemos fazer uma
aprendizagem dentro e fora . Cada um tendo a sua responsabilidade nesse
sistema”, afirmou. A futura ministra disse que isso não significa que o
segmento não será fiscalizado. “Qual a melhor coisa que tem? É que cada
um vai poder ser responsável pela qualidade do seu produto e o
ministério vai fiscalizar, auditar e cobrar duro das indústrias esse
controle, que cada um já tem. Se não tiver, vai ter que implantar ou
sair do mercado”, complementou. Tereza Cristina disse também que essas
mudanças serão feitas gradualmente e que o Ministério da Agricultura não
terá “pernas” para atender todo o mercado. “Esse é um processo que nós
vamos ter que implantar devagar, com muita responsabilidade porque nós
temos mercados lá fora que são diferentes. Agora nós temos certeza de
que nós não temos pernas para atender o mercado todo que o Ministério da
Agricultura tem para atender”, disse.
Estadão
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