O congresso foi realizado pelo sindicato Andes, covil da
extrema-esquerda universitária, que, felizmente, é minoritária em grande
parte das universidades federais. É gente que coloca a ideologia no
lugar da ciência e pratica lavagem cerebral junto a entidades
estudantis:
De punhos cerrados ao ar - símbolo universal de enfrentamento e
resistência - professores universitários cantam a Internacional, hino
entoado por movimentos comunistas, socialistas e anarquistas, e que
teria sido adotado como canção da União Soviética entre 1922 e 1944. Ao
fim da apresentação do saxofonista Marcos Cardoso, da escola de música
da UFPA, os docentes gritam “Lula Livre!”, repetidas vezes. O episódio
aconteceu no 38º Congresso do Andes-SN (Associação Nacional dos Docentes
das Instituições de Ensino Superior), em Belém, no Pará, nesta
segunda-feira (28).
Agenda
A cena, no entanto, apenas marca o início do evento, que vai até
sábado, dia 2. Um documento divulgado pelo site da Andes, no fim de
2018, já deixava claro a orientação das ações do Sindicato Nacional para
o ano de 2019: “Resistir ao governo Bolsonaro, em defesa da democracia e
dos direitos: abaixo a contrarreforma da previdência! Lula Livre!” e,
ainda, “Centrar na reorganização da classe e no embate, certamente de
resistência, à onda de orientação fascista que irá ocupar o Estado”.
As principais pautas do sindicato:
*Defesa da Previdência pública - "Não mexam na Previdência”.
*Defesa da Universidade pública, revogação da EC 95. Defesa de sua
integridade, de sua autonomia e da liberdade de ensinar e aprender de
seus professores e estudantes.
*Defesa da Ensino Público nos três níveis contra o “ajuste”
(consequência da EC 95) e também contra os ataques reacionários da
"Escola sem partido”. Barrar a “Escola sem Partido”.
*Contra as privatizações, defesa do serviço público, das estatais,
patrimônio do povo brasileiro, do Pré-Sal e das riquezas minerais em
geral, e dos mananciais de água.
*Defesa dos direitos dos servidores e do serviço público estaduais.
Barrar as privatizações operadas no contexto das renegociações das
dívidas.
*Lula Livre, em defesa da democracia, das liberdades e dos direitos.
*Defesa dos sindicatos e das organizações dos trabalhadores.
A Andes também convocou os docentes a uma “campanha urgente contra a
direita, através da proliferação dos comitês de luta contra o golpe e
contra os fascistas, levantando a bandeira da liberdade para Lula”, “Por
uma frente de luta que coloque em movimento uma mobilização contra os
fascistas da ‘escola sem partido’, pelo Fora Bolsonaro e todos os
golpistas”. No texto, o atual governo é caracterizado como “de viés
autoritário, protofascista e entreguista e de extrema-direita”.
Greve nacional
À Gazeta do Povo, alguns docentes, que falaram anonimamente,
relataram a possibilidade de que seja convocada uma greve nacional de
professores universitários. Mas, até o momento, não há confirmação sobre
isso. O tema pode ser discutido no evento.
A expectativa da Andes é de que 600 docentes universitários de todo o país participem do congresso até o dia 2. (Gazeta do Povo).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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