terça-feira, 1 de janeiro de 2019

“A situação de Minas Gerais é de falência”, diz Zema em discurso de posse


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Zema culpou a irresponsabilidade dos governos anteriores
Mateus Castanha
O Tempo
O empresário Romeu Zema (Novo), de 54 anos, tomou posse na manhã desta terça-feira como novo governador de Minas Gerais. A cerimônia aconteceu na Assembleia Legislativa e contou com a presença de cerca de 2,5 mil convidados, entre eles deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e presidentes das câmaras municipais.
Após receber o Colar da Inconfidência do ex-governador Fernando Pimentel (PT) e ser empossado, Zema fez um enfático discurso ressaltando o delicado momento econômico vivido por Minas.
SEM VOLTA – “A situação do nosso Estado é de falência. A falta de austeridade dos últimos anos levou o governo de Minas a um ponto sem volta. A previsão de déficit nas contas correntes ultrapassa os R$ 30 bilhões em 2019, e, se nada for feito, passará de R$ 100 bilhões nos próximos anos”, alertou Zema.
O novo governador admitiu que a situação é complexa e que o Estado ainda passará por tempos difíceis até que o atual quadro comece a mudar. “Nesse momento temos, todos nós, a responsabilidade de assumir que serão as ações tomadas no presente que poderão, ou não, garantir o futuro de nossos filhos e de nossos netos”, disse Zema.
“Ou fazemos as mudanças necessárias ou, muito em breve, a situação será pior, para não dizer impraticável. Por isso, o único caminho que nos resta é o da ação. Os mineiros carecem de respeito e responsabilidade”, acrescentou.
FALTA UNIÃO – Em vários momentos de sua fala, Zema reforçou a necessidade de uma convergência de ações em torno da recuperação do Estado. “Precisaremos de paciência, persistência e, principalmente, união. União em torno de um mesmo projeto, união de todas as forças, poderes e pessoas pelo futuro de nós, mineiros. Esse deve ser o ideal que nos unirá nos próximos anos”, destacou. “Passaremos por tempos difíceis, reformas administrativas e fiscais terão que ser levadas adiante para que os servidores possam receber seus salários conforme determina a lei, até o quinto dia útil do mês seguinte, e para que as prefeituras voltem a receber os valores a que têm direito”.
O chefe do Executivo também se dirigiu aos parlamentares estaduais, pedindo “consciência” ao analisar futuros projetos. “Peço a todos deputados e deputadas, com a devida deferência, que tenham consciência da gravidade da situação e reflitam sempre que um projeto entrar em votação aqui nesta Casa.”
NOVA GESTÃO – Após a cerimônia, Zema e seu vice, o economista Paulo Brant, seguiram para a Cidade Administrativa, onde um evento aberto ao público marcará o início da nova gestão estadual. A previsão é que cerca de quatro mil pessoas acompanhem a solenidade.
Zema desistiu de participar da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), nesta terça-feira, em Brasília. O motivo alegado pela assessoria do governador foi a falta de um voo de carreira que fizesse a tempo o percurso entre Belo Horizonte e a capital federal, onde a cerimônia deve começar por volta das 15h. Zema poderia usar uma aeronave do Estado, mas quer evitar gastos extras.

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