O pastor Wilbert Batista costumava andar de bicicleta perto da
ex-presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e dizia que orava por ela.
Conseguiu a confiança dos seguranças para se aproximar algumas vezes,
embora deixasse claro que não votou na ex-presidente. “Existe um trecho
na bíblia que diz que a gente tem que orar pelas autoridades. Sempre
fazemos isso”, justifica Batista, que acompanhou todas as posses
presidenciais desde a época de Fernando Collor. Hoje, pela manhã,
Batista organizou uma espécie de culto evangélico em frente a Granja do
Torto para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, com cerca de 50 pessoas.
Elas estavam vestidas de verde e amarelo e enroladas em bandeiras
nacionais. Entre as canções e orações entoadas, o grupo se ajoelhou no
chão de asfalto, sob o sol quente, e gritou repetidas vezes o slogan de
Bolsonaro: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. O grupo faz
parte da igreja evangélica Núcleo da Fé. Durante o culto, o pastor
lembrou que a mulher de Bolsonaro, Michelle, também é evangélica. Mas
celebrou o fato de Bolsonaro ser católico e disse que ele deve ser o
presidente de todos, inclusive dos ateus. Batista pregou a unificação do
país, defendeu a preservação da família e rezou pela segurança de
Bolsonaro, que sofreu um atentado durante a campanha presidencial. No
gramado, a alguns metros de distância, a música “I say a little prayer”,
da cantora americana Aretha Franklin, ecoava de um dos carros que estão
estacionados próximo a entrada da Granja. Entre eles está um carro
modelo Fiat 147, que rodou 2 mil quilômetros de Paramoti (CE) até
Brasília para a posse presidencial, na próxima terça-feira (1º).
Nenhum comentário:
Postar um comentário