quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Proposta de Witzel para ‘abater’ criminoso com fuzil depende de mudar a lei


Witzel aplaude a fala insossa do ministro Raul  Jungmann
Alba Valéria Mendonça
G1 Rio

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que é ilegal a proposta do governador eleito do Rio, Wilson Witzel, de formar grupos de atiradores de elite para “abater” traficantes. Jungmann disse que, para ser colocada em prática, a ideia dos “snipers” dependeria de uma mudança na lei federal. Ele não opinou se considera a proposta positiva.
“A proposta precisa passar pelo crivo das leis, da legislação e da justiça. Não podemos ter atividades que não sejam dentro das normas, das leis. E hoje ela (a proposta) não está. Precisa de uma modificação legislativa”, disse Jungmann.
TEM RUMO – Em reunião com o conselho de segurança da Firjan, no Rio, o ministro da Segurança Pública fez um balanço dos oito meses de atividades do ministério.
“Hoje temos um ministério por lei, um sistema unificado por lei, uma política de segurança nacional e recursos, advindos das loterias. A segurança pública pela primeira vez tem rumo e reúne todos os entes da federação”, disse o ministro.
Jungman afirmou que cabe ao futuro governador manter Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas que a intervenção federal que termina em 31 de dezembro não poderá ser prorrogada por ir contra a Constituição.
CRIME ORGANIZADO – O ministro também destacou que o BNDES, junto com o Ministério da Fazenda, está viabilizando a utilização de parte dos R$ 19 bilhões dos Fundos das Telecomunicações (Fust) para o desenvolvimento tecnológico para o combate do crime organizado no Rio.
“Vamos incentivar a criação do sistema de cercamento eletrônico, que vai permitir a identificarão de cargas, carros roubados, reconhecimento facial para combater o crime. Parte desses recursos vai ser para esse monitoramento. Os dados vão para uma Central que vai fazer esse cerco digital no comando ao crime. E a intenção é depois espalhar esse sistema para todo o território nacional”, disse Jungmann.
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