Ainda foram bloqueadas contas bancárias e bens dos investigados até o valor de R$ 28,3 milhões
Redação
Onze pessoas foram presas e duas ficaram foragidas nas duas operações da Polícia Federal deflagradas nesta terça-feira (6), no sul da Bahia,em combate a fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.
As operações receberam os nomes de Sombra e Escuridão e Elymas Magus. Dos 13 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus, foram cumpridos 11, estando dois investigados ainda foragidos. Além disso, foram feitas duas prisões em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo, sendo uma delas de um dos investigados contra o qual já havia mandado de prisão. Foram bloqueadas contas bancárias e bens dos investigados, pessoas físicas e jurídicas, para ressarcimento dos prejuízos causados ao erário até o valor de R$ 28,3 milhões.
Foram cumpridos todos os 50 mandados de busca, nas casas dos investigados, de empresas e das prefeituras de Aurelino Leal, Barra do Rocha, Buerarema, Camacã, Camamu, Eunápolis, Gongogi, Ibirapitanga, Ibirataia, Igrapiúna, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itagibá, Itapé, Ituberá, Maraú, Nazaré, Santa Luzia, baitaba, Ubatã, Valença e Wenceslau Guimarães. As buscas nas sedes das prefeituras tiveram o objetivo de localizar e apreender os processos licitatórios e de pagamentos suspeitos de fraude.
Foram apreendidos ainda computadores, celulares e cerca de R$ 18 mil em espécie. Todos os presos foram interrogados e encaminhados para o sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça. Também foram ouvidas, ao longo do dia, diversas pessoas objetivando a instrução da investigação, tais como integrantes das comissões de licitações, sócios das empresas e outras testemunhas.
Esquema de fraude – As investigações tiveram início há pouco mais de um ano a partir de suspeitas envolvendo os sócios de duas empresas sediadas em Igrapiúna, suspeitas de terem participado de licitações e recebido vultosos pagamentos de diversos municípios em contratos de obras, locação de veículos e transporte escolar. Segundo a PF, estas também eram beneficiários do programa Bolsa Família, do governo federal. Logo se constatou tratar-se de organização criminosa bem estruturada, que operava com pelo menos quatro empresas constituídas em nome de laranjas, com a finalidade de fraudar licitações.
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