quinta-feira, 29 de novembro de 2018

CCR revela caixa 2 para Alckmin, Serra e deputados


O Grupo CCR e o Ministério Público de São Paulo fecharam acordo de leniência no qual é revelado caixa 2 de pelo menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo. Pelo menos 15 políticos são citados no termo, denominado Auto Composição para Ato de Improbidade;, entre eles, os ex-governadores tucanos Geraldo Alckmin e José Serra e o deputado Campos Machado (PTB). A concessionária se dispõe a pagar multa de R$ 81 milhões – parte desse valor, R$ 17 milhões, será destinada, na forma de doação, à Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, nas Arcadas do Largo São Francisco, no centro da capital paulista. A CCR, uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina, admite que repassou valores “por fora” aos políticos do PSDB, PT, MDB, PTB e outras agremiações. Foi uma longa negociação. À mesa, cinco ex-executivos da CCR e um grupo de promotores de Justiça que atuam na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público paulista que combate corrupção. Os advogados Celso Vilardi e Sebastião Tojal representaram a CCR na elaboração dos termos do acordo. Essa primeira etapa da investigação trata especificamente de caixa 2 eleitoral. A etapa inicial da colaboração indica o “modus operandi” do esquema – os repasses eram efetuados por meio de doleiros ou via subcontratados na forma de “consultorias”. O próximo passo da investigação deverá abranger a área criminal – corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa.

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