Foto: Divulgação
Italiano Cesare Battisti
O italiano Cesare Battisti, 63 anos, condenado na Itália por
homicídios, reafirmou que confia nas instituições democráticas do Brasil
e negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive. A reação é
uma resposta às indicação do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que
sinalizou que pretende extraditá-lo. “Reafirmo minha confiança nas
instituições democráticas brasileiras, que desde que me encontro aqui
garantiram o pleno funcionamento do Estado de Direito. Estado de Direito
este que no presente momento faltou em minha ex-pátria, a Itália”,
ressaltou Battisti em comunicado. O italiano, ex-membro do grupo
Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), um braço das Brigadas
Vermelhas, afirmou que não “tem razões” para fugir porque “está amparado
pelo Supremo Tribunal Federal”. Alguns meios de comunicação da Itália
chegaram a informar que Battisti teria fugido do Brasil para evitar sua
extradição, prometida por Bolsonaro para quando assumir Presidência, no
dia 1º de janeiro. Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália
por quatro homicídios na década de 1970, dos quais se declara inocente.
Passou 30 anos como fugitivo entre o México e a França e em 2004 fugiu
para o Brasil, onde permaneceu escondido três anos até ser detido em
2007. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou sua extradição em 2009
em uma decisão não vinculativa que dava a palavra final ao então chefe
de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, que a rejeitou em 31 de dezembro
de 2010, o último dia de seu mandato.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário