Foto: Eraldo Paes / AP
Jair Bolsonaro (PSL)
Às vésperas de se reunir com o presidente eleito, Jair
Bolsonaro, no Rio de Janeiro, o assessor de Segurança Nacional dos
Estados Unidos, John Bolton, classificou a vitória do político
brasileiro como uma “oportunidade histórica” para as relações com o
Brasil. O encontro entre os dois está agendado para amanhã (29) pela
manhã. Bolton lembrou que o presidente norte-americano, Donald Trump,
foi o primeiro líder estrangeiro a parabenizar Bolsonaro pela eleição.
“Meu encontro com o presidente eleito Bolsonaro é um resultado da
ligação do presidente [Donald] Trump para parabenizá-lo na própria noite
da eleição [em 28 de outubro]”, disse Bolton, em entrevista coletiva na
Casa Branca. “Eles [Trump e Bolsonaro] tiveram uma ligação telefônica
realmente extraordinária, e acredito que desenvolveram uma relação
pessoal, ainda que remotamente.” Segundo Bolton, Trump e Bolsonaro podem
levar a relação bilateral a um novo nível. “Encaramos como uma
oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhem
juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras.” O
assessor norte-americano afirmou também que deve ouvir “quais são as
prioridades do presidente eleito, tentar responder a elas” e repassar as
“opiniões do presidente Trump” para que, quando Bolsonaro chegar ao
poder, em janeiro, “os dois líderes possam começar a trabalhar com parte
do trabalho feito”. Há, ainda, a expectativa de que Bolton e Bolsonaro
conversem sobre uma possível estratégia regional sobre as crises na
Venezuela e a relação com Cuba. Os dois também debaterão “uma estratégia
regional para lidar com a influência política e econômica da China” na
América Latina, sobre a qual os Estados Unidos aumentaram as críticas.
De acordo com a Agência EFE, é possível também que ambos ainda mencionem
possibilidades de expansão das relações de comércio, investimento e
negócios entre EUA e Brasil, além de alternativas para aperfeiçoar a
segurança energética regional. Bolton incluiu o Rio de Janeiro na visita
à América do Sul, uma vez que participa da Cúpula de Líderes do G20, em
Buenos Aires, com a presença de Trump.
Agência Brasil
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