sábado, 27 de outubro de 2018

Roger Waters pode ser preso se criticar Bolsonaro em show, diz Justiça Eleitoral


Ex-integrante da banda Pink Floyd está em turnê pelo Brasil e se apresenta neste sábado (27) em Curitiba, cidade em que o ex-presidente Lula (PT) encontra-se preso

Redação
BAHIA.BA
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

A Justiça Eleitoral do Paraná advertiu a produção do cantor britânico Roger Waters sobre a possibilidade de prisão do ex-integrante da banda Pink Floyd, em caso de manifestação política durante show que será realizado neste sábado (27), em Curitiba.
A decisão é do juiz Douglas Marcel Peres, que teve como base um pedido do Ministério Público Eleitoral destacando que manifestações políticas a partir das 22h do dia em que antecede as eleições configura crime eleitoral e ele poderá ser multado.
Já após meia-noite, qualquer manifestação política pode configurar boca de urna, e o artista pode ser preso. O show do artista está marcado para começar às 21h30, no Estádio Couto Pereira.
Roger Waters é crítico ferrenho do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em sua apresentação em São Paulo, no último dia 9, no fim da música “Eclipse”, o telão mostrou a expressão #EleNão, usada em redes sociais para criticar Bolsonaro.
Já no Rio, no último dia 24,  foi exibida no telão uma lista de políticos de vários países do mundo apontados por ele como fascistas. A frase “Ponto de vista político censurado” cobriu o nome de Bolsonaro.
Na apresentação, Roger Waters também homenageou Marielle Franco, assassinada em março. O cantor levou ao palco a família da vereadora: a filha, Luyara Santos, a irmã, Anielle Franco, e a viúva, Mônica Benício.
MPE – No requerimento, a promotora de Justiça Eleitoral Cláudia Madalozo anexou reportagens de cobertura de apresentações feitas recentemente pelo cantor, nas quais ele se manifesta politicamente contra o capitão reformado do Exército.

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