terça-feira, 2 de outubro de 2018

Na reta final, a emoção esquenta a disputa polarizada pelo Planalto


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Haddad ainda está longe de alcançar Bolsonaro
Pedro do Coutto
A reportagem de Thiago Prado, edição de ontem de O Globo, focalizou a manifestação em favor de Jair Bolsonaro, domingo, na Avenida Paulista. As imagens não deixam dúvida sobre a força de sua candidatura. Tenho a impressão de que a decisão do primeiro turno levará Bolsonaro e Haddad para o desfecho final.  As ruas e praças, como sempre dão o eco de uma realidade. Não se pode brigar com os fatos, como diz o velho ditado, aliás expressão jornalística comum em todas as redações.
Será que o debate na Globo dia 4, quinta-feira, poderá alterar as tendências reveladas pelo Ibope e Datafolha? Uma pergunta que só poderá ser respondida a partir da antevéspera do pleito.
INDECISOS – Nas antevésperas das urnas é quando grande parcela de eleitores indecisos poderá decidir seu voto. Mas de qualquer forma a distância dos dois primeiros para Ciro Gomes, em terceiro, é bastante ampla.
Os ataques desfechados por Geraldo Alckmin contra o candidato do PSL não surtiram o efeito esperado pelo seu autor, ao contrário, serviram para acordar indecisos e injetar mais emoção nas etapas derradeiras do voto no dia 7 de outubro.
Bolsonaro havia afirmado que não aceitaria resultado das urnas diferente de sua vitória, mas recuou e disse, como publicou O Globo, que em caso de derrota “não há nada para fazer”. O candidato sentiu portanto o erro enorme da sua primeira declaração sobre a eleição, tema destacado na edição de domingo da Folha de São Paulo, jornal que publicou editorial na primeira página chamando atenção e condenando o lance antidemocrático contido na afirmação infeliz do candidato.
REJEIÇÃO AO LULISMO – Tenho a impressão de que o embate também inclui a rejeição bastante alta em relação ao Lulismo. Dessa forma, pela primeira vez na história, a tendência para as urnas passa pela estrada das restrições aos dois candidatos. Os votos de Bolsonaro dirigem-se contra o PT e a seu principal líder, aliás, condenado e preso.
Por outro lado, as intenções de voto contra os dois candidatos reúnem Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva e outros. Talvez esta posição explique uma divisão de forças que acaba, pela pulverização que provoca fortalecendo tanto o próprio Bolsonaro quanto Fernando Haddad.
POLARIZAÇÃO – É preocupante a polarização que se estabeleceu e se revelou no primeiro turno. O voto no dia 7 é inspirado na rejeição tanto a Bolsonaro quanto a Haddad, embora, no fundo, seja uma reação contra a volta do PT ao poder.
Entretanto, para finalizar, os exemplos conduzem à certeza de que ninguém pode exercer o poder através de vias indiretas. Eis um exemplo: Vargas elegeu Eurico Dutra.  A primeira coisa que Dutra fez foi romper com seu grande eleitor.
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