Foto: EFE/ Guillaume Horcajuelo
Acusado de racista por grupos de direitos
humanos na Europa, Salvini tem se envolvidos em polêmicas com a Comissão
Europeia em razão da gestão da onda migratória na Itália
Matteo Salvini, chefe da extrema-direita italiana e ministro do
Interior de seu país, felicitou na manhã desta segunda-feira, 29, o
presidente eleito Jair Bolsonaro pelos resultados das urnas no Brasil.
Ele ainda deixou claro: irá pedir a extradição imediata de Cesare
Battisti. “No Brasil, os cidadãos também expulsaram a esquerda!”,
escreveu Salvini em suas redes sociais. “Bom trabalho ao presidente
Bolsonaro, a amizade entre nossos povos e nossos governos será ainda
mais forte”, declarou. Ele também indicou qual será uma de suas
prioridades na nova relação com o governo brasileiro.“Depois de anos de
discursos em vão, eu pedirei que eles nos reenviem para a Itália o
terrorista vermelho Battisti”, completou. No último dia 26, o deputado
federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cotado para ser ministro-chefe da Casa
Civil num governo Bolsonaro, indicou que a revisão do caso de Battisti
poderia ocorrer. “O terrorista e bandido albergado por Lula e sua
quadrilha no Brasil vai cumprir o que a legislação italiana determina”,
afirmou. Battisti, de 63 anos, integrou nos anos 1970 um grupo
terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios.
Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então
ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status
de refugiado político, decisão muito criticada na Itália. Em 2009, o
Supremo Tribunal Federal (STF) considerou ilegal o status de refugiado e
autorizou a extradição, mas reconheceu que o presidente da República
tem competência para negá-la. No final de 2010, o então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva – condenado e preso pela Operação Lava Jato – negou
a extradição, e hoje Battisti vive livre no Brasil. Bolsonaro debateu a
questão de Battisti ao receber, na semana passada, um representante de
Salvini, que entregou uma carta de apoio do político a Bolsonaro.
Estadão
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