"O Brasil não pode vacilar, é o futuro das próximas gerações que está em
jogo. Vista sua camisa verde e amarela, vá para as ruas, resgate o
espírito das manifestações de 2015/16 e defenda seu país da mais
perigosa ameaça enfrentada por seu povo. Se você não encarar essa guerra
e apenas voltar para casa, pode não haver mais casa esperando você".
Ana Paula do Vôlei, no Estadão:
Sou fã confessa de Christopher Nolan e é do seu maravilhoso “Dunkirk”
que eu lembro neste momento tão crítico do país. O trecho que resume a
ideia central do filme é quando um piloto de avião abatido, resgatado
boiando no mar e traumatizado, grita com o homem comum que segue com seu
pequeno barco para tentar resgatar soldados a pedido de Churchill na
França ocupada: “Seu lugar é em casa!”, grita o piloto abatido.
Para o piloto, vivido pelo sempre enigmático e brilhante ator
irlandês Cillian Murphy, o cidadão comum deve deixar a guerra para os
profissionais, que o mais prudente é se ausentar, se omitir, se proteger
em sua própria casa, enquanto o destino da nação está sendo decidido
entre as forças do bem e do mal na Segunda Guerra. A resposta de Mr.
Dawson, interpretado com uma dignidade comovente por Mark Rylance, não
poderia ser mais definitiva: “Se não ajudarmos, não haverá mais casa,
filho.”
A menos de uma semana da eleição mais importante em décadas, temos
que admitir a possibilidade real da volta do grupo mais nefasto,
corrupto e vingativo ao poder central do Brasil. O assalto do PT às
instituições brasileiras é inédito, sem precedentes no Brasil e
provavelmente no mundo, não apenas pelo volume de dinheiro envolvido e
pela desfaçatez, mas também pela clara e evidente intenção de usar a
força e o poder do Estado para subjugar o país ao projeto de poder do
partido que, por honra e mérito de parte do judiciário e do Ministério
Público, está na cadeia. Nem tudo parecia perdido até que vieram a
campanha eleitoral deste ano, as pesquisas e a vertiginosa ascensão do
poste Fernando Haddad, prefeito rechaçado de São Paulo e postulante ao
cargo de office-boy de luxo de um detento. Um roteiro de terror em que o
país morre no final.
Basta uma rápida busca na internet para reavivar a memória de quem
não se lembra o que foi o PT no poder entre 2003 e 2016, o que fizeram e
que país entregaram. Será que o Brasil já esqueceu de toda pilhagem
bilionária dos cofres públicos, de verdadeiras fortunas “emprestadas” a
ditaduras companheiras, do aparelhamento do Estado por militantes
cleptomaníacos, pela total incapacidade de viabilizar no país um
ambiente favorável ao investimento e à geração de empregos e riqueza de
forma sustentável e não com feitiçarias econômicas como empréstimos sem
lastro que acabaram gerando crise, recessão e milhões de desempregados e
inadimplentes? Não é possível!
Enquanto a bolha de celebridade hedonistas se preocupa com a proteção
de seus próprios vícios e perversões, para não mencionar as torneiras
abertas do tesouro para seus “projetos culturais”, o brasileiro é
assassinado ao ritmo de mais de cem cadáveres por dia, todos os dias,
num genocídio de proporções bíblicas. É nestas horas que se vê a quem
serve a destruição da educação brasileira, da ideologização dos
currículos e da compra da imprensa pela nefasta publicidade estatal ou
por empréstimos de padrasto para filho pródigo.
Minha próxima coluna será publicada já com o resultado do primeiro
turno conhecido. O Brasil não pode vacilar, é o futuro das próximas
gerações que está em jogo. Vista sua camisa verde e amarela, vá para as
ruas, resgate o espírito das manifestações de 2015/16 e defenda seu país
da mais perigosa ameaça enfrentada por seu povo. Se você não encarar
essa guerra e apenas voltar para casa, pode não haver mais casa
esperando você.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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