A mudança mais relevante das medidas impostas pela eleição de outubro talvez tenha sido a dedetização do Senado, escreve Augusto Nunes:
Os brasileiros decentes têm, mais que o direito, o dever de comemorar
as medidas saneadoras decretadas pelo eleitorado neste outubro. A mais
vistosa, claro, foi a ampla derrota sofrida pelo PT. A mais relevante
talvez tenha sido a dedetização do Congresso, sobretudo a limpeza
promovida pelas urnas no Senado Federal.
Ou porque não se reelegeram, ou porque foram impedido de chegar lá
pelo voto, ficaram longe do Senado Dilma Rousseff, Lindbergh Farias,
Eduardo Suplicy, Sarney Filho, Vanessa Grazziotin, Roberto Requião,
Valdir Raupp, Romero Jucá, Edison Lobão, Beto Richa, Eunício Oliveira e
Garibaldi Alves.
Não é pouca coisa. E não foi tudo. Em busca de refúgio na Câmara,
caíram fora do Senado Gleisi Hoffmann e Aécio Neves. Agripino Maia
falhou ao recorrer ao mesmo truque. É impossível adivinhar o desempenho
dos novos senadores. Mas o mais radical dos pessimistas tem de admitir
que a bancada dos cafajestes ficou muito menor.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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