O Psol, que controla a UFRJ - uma das universidades mais ideológicas do
país - não admite que se tire um centavo dos beneficiados pelo programa
"Bolsa Ditadura". Coluna de Augusto Nunes:
A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, controlada pelo
PSOL, viu crescer nos últimos três anos a verba que lhe é destinada
pelo Ministério da Educação. Mas manteve os olhos fechados às
alarmantes carências do Museu Nacional, que não recebeu sequer o
necessário para escapar da morte pelo fogo. Até agosto deste ano, foram
repassados apenas R$ 98.115,34.
Enquanto tratam museus a socos e pontapés, os devotos do PSOL não
admitem que se tire um único centavo do dinheiro desperdiçado com
velharias ideológicas beneficiadas pelo programa “Bolsa Ditadura”.
O jornalista Hugo Studart, autor do excelente “Borboletas e
Lobisomens”, livro que resgata a verdadeira história da guerrilha do
Araguaia — e por isso mesmo tem sido hostilizado com selvageria pelo
PCdoB — fez nesta segunda-feira uma constatação muito pedagógica. No
orçamento de 2018, o Ministério do Planejamento contemplou anistiados
políticos com R$ 700 milhões.
A fortuna é distribuída por dois ítens. O primeiro — indenização a
anistiados políticos em prestação única ou em prestação mensal
permanente e continuada — engoliu R$577.556.600,00. Mais
R$123.682.452,00 saíram pelo ralo do segundo, reservado a valores
retroativos a anistiados políticos.
Millôr Fernandes resumiu tudo isso em uma frase: “Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento”.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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