terça-feira, 25 de setembro de 2018

Próxima pesquisa é decisiva, porque pode definir quem será a terceira via


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Charge do Pelicano (Arquivo Google)
Carlos Newton
O maior problema dos analistas políticos é a racionalização. Em época de eleições, tenta-se encontrar justificativa racional para tudo, o que é uma grande perda de tempo, porque a grande maioria dos eleitores quase sempre age de forma totalmente irracional.  É por isso que se diz que não se deve discutir política, futebol e religião, porque falta racionalidade.
No caso da política brasileira, realmente é a mais indecifrável do mundo, fato comprovado pela desistência dos chamados “brazilianistas”, como chamávamos os acadêmicos estrangeiros que se dedicavam à nobre arte de entender a política brasileira. Ou morreram de desgosto ou abandonaram a lide, não se encontra mais ninguém.
EXOTISMO – Na atual eleição, temos o favoritismo de duas candidaturas verdadeiramente exóticas. Uma delas tenta reviver o passado militarista, enquanto a outra sonha em fortalecer o grupo político que institucionalizou o maior esquema de corrupção do mundo, vejam como as coisas são complicadas por aqui.
O editor da Tribuna da Internet considerava que tanto Jair Bolsonaro quanto Lula da Silva eram candidaturas que tinham prazo de validade e um teto de crescimento que impediria a vitória deles. Seriam suplantados por uma terceira via, especialmente por um candidato que não fosse político profissional, digamos assim.
Mas as coisas mudaram muito: Lula da Silva foi preso, não conseguiu ser candidato; Bolsonaro levou um atentado a faca, teve hemorragia interna e quase morreu; e a terceira via até agora não deu o ar de sua graça.   
MUDOU TUDO – Era sabido que Bolsonaro tinha teto, porque sofreria rejeição de mulheres, negros e antimilitaristas, além do público LGTB. Mas a facada criou um clima favorável a ele. Mudou tudo. Lula também tinha teto, porque jamais passou de 20% nas pesquisas espontâneas. Mas Haddad não é Lula, rapidamente alcançou o teto que o editor da TI imaginava, na sua vã filosofia.
No início da semana passada, foram divulgadas três pesquisas mostrando o crescimento da dupla Bolonaro/Haddad, mas ressalvando que entre 43% a 45% dos eleitores continuavam indecisos ou decididos a votar branco ou nulo. Além disso, as pesquisas indicavam também que um terço dos eleitores que já escolheram candidato poderia mudar de voto, vejam que esculhambação. E isso significa que a terceira via, imaginada lá atrás, de repente poderia até ser viável. Mas até agora, nada.
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