quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Meirelles desconversa sobre indulto a Lula e defende ‘abordagem jurídica’


Com patrimônio de R$ 377 milhões, ele também afirmou que construiu a fortuna com "suor"

Redação
BAHIA.BA
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, desconversou sobre um eventual indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso seja eleito em outubro, durante a sabatina do Estadão-Faap, nesta quarta-feira (5).
“Qualquer prerrogativa nesse sentido não deve ser arbitrária ou política, ou objeto de questões pessoais. Qualquer decisão desse tipo tem que ter caráter institucional jurídico. Eu, além do mais, tenho uma posição de não politizar a Justiça. Mesmo quando o presidente da República tem prerrogativa legal, judicial, ele tem que usar dentro de uma abordagem jurídica, legal, não política”, afirmou.
Com patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 377 milhões, o segundo maior entre os candidatos, ele também foi questionado sobre porque decidiu entrar na corrida ao Planalto e respondeu que construiu a fortuna com “suor”.
“Sou filho da educação pública. Fiz vestibular. Entrei na USP. Tudo escola pública. Num certo momento, atingi o topo da carreira internacional. Decidi usar a experiência que tinha acumulado. Cheguei lá pela educação, por mérito próprio, trabalho duro e construí patrimônio com suor do meu rosto. É o momento de retribuir. Posso retribuir e a vida precisa de um sentido
Henrique Meirelles ainda criticou com vários exemplos a questão da flexibilização do porte de armas. “Sou contra a liberação de armas”, disse. “Imagina no trânsito, um carro esbarra no outro, motorista sai nervoso, discute, cada um com um revólver. Isso vai dar tragédia. Já discuti demais esse assunto”, afirmou o candidato.
Perguntado sobre aborto, Henrique Meirelles disse que é favorável ao direito da mulher. “Acredito que devemos seguir a lei. A lei garante circunstâncias em que a mulher tem direito de fazer o aborto. Aí tem um problema de liberdade individual. E quem tem fé religiosa que é contra o aborto em qualquer circunstância? Pode pregar isso, mas não pode ter isso como política pública, obrigar (outras pessoas a seguirem). Vamos devagar: tem o direito individual”, declarou.

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