quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Jair Bolsonaro rebate crítica de Mourão ao 13º


O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, reagiu às críticas de seu vice, general Hamilton Mourão, contra o 13º salário, reveladas pela revista Veja nesta quinta-feira 27. Na última terça-feira, 25, em uma palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), Mourão classificou o direito como “jabuticaba” – isto é, que só ocorre no Brasil – e afirmou que “se a gente arrecada doze, como é que nós pagamos treze?”. No início desta tarde, por meio de sua conta no Twitter e seu perfil no Facebook, Bolsonaro disse que o 13º salário “está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição”. Sem citar diretamente seu companheiro de chapa, o presidenciável afirmou que criticar o direito “além de uma ofensa à [sic] quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”. Esta foi a segunda vez que o candidato do PSL foi às redes sociais para tratar de uma declaração de assessores seus sobre economia. Ele já havia feito isso na semana passada, após o jornal Folha de S. Paulo publicar que o economista Paulo Guedes, escolhido de Jair Bolsonaro para comandar a Economia em um governo seu, disse em uma reunião reservada com investidores que pretende criar um imposto aos moldes da CPMF, o imposto sobre transações financeiras. No caso de Guedes, contudo, o tom foi bem mais brando do que com Hamilton Mourão. No mesmo dia em que a notícia foi publicada pelo jornal, Bolsonaro escreveu que a informação “não procede” e a classificou como “mal intencionada”. “Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso”, tuitou. Dois dias depois, voltou a rebater: “votei pela revogação da CPMF na Câmara dos Deputados e nunca cogitei sua volta. Nossa equipe econômica sempre descartou qualquer aumento de impostos”.

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