domingo, 2 de setembro de 2018

Com Lula vetado, o tempo agora passou a correr rapidamente para o PT


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Charge do Jota A (Portal O Dia/SE)
Pedro do Coutto
O julgamento do Tribunal Superior Eleitoral confirmando a inelegibilidade do ex-presidente Lula criou uma situação bastante sensível para o Partido dos Trabalhadores. A legenda terá que registrar outro candidato no prazo máximo de 10 dias. Isso faz com que, a partir deste momento, terá que decidir rapidamente e ao mesmo tempo desistir de recursos difíceis por Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos tornariam confusa a opção partidária por Fernando Haddad, que precisa utilizar como candidato a presidente (e não como vice) o espaço que lhe cabe no horário eleitoral das emissoras de rádio e televisão.
Seria uma contradição um partido político recorrer e com isso retardar seu próprio acesso à propaganda gratuita. Vejam bem: se uma pessoa ou um partido recorre contra uma decisão judicial, no caso da eleição de 2018, cairia num impasse, numa contradição. Como registrar a chapa Fernando Haddad e Manuela D’Avila, se um recurso da mesma fonte seria colocado para obscurecer a escolha de Haddad e manter iluminado o caminho de Lula para as urnas de outubro?
O TEMPO VOA – O partido não pode perder tempo e com isso deixar de aproveitar espaços essenciais para a campanha política. Portanto, o PT tem que desistir de tentar mudar a decisão de 6 votos a 1 pelo TSE. Problema a ser equacionado pela presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisei Hoffman. O PT, na minha impressão, tem que atravessar a ponte entre um sonho e a realidade. Hoje, qualquer insistência com o nome de Lula atrasaria o esforço do partido em chegar as urnas eleitorais nas condições ideais.
A decisão do TSE, pelo que os jornais publicaram, estabelece que Lula não poderá aparecer como candidato na campanha, mas cabe a pergunta se sua imagem fotográfica poderá firmar-se como cenário das aparições de Haddad. Questão a ser decidida.
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LIVRO DE DALLAGNOL  SOBRE CORRUPÇÃO

Muito importante a leitura do livro do procurador Deltan Dallagnol narrando a luta da Força Tarefa da Operação Lava jato contra a corrupção. O prefácio, brilhante, é da jornalista Miriam Leitão, para a GMT Editores.
Dallagnol destaca um aspecto essencial. Diz ele que o sistema legal contra subtrações do dinheiro público, constatou ele, foi montado décadas atrás exatamente para não funcionar. Entretanto, acabou funcionando e pela primeira vez na história do Brasil, colocando ladrões de casaca na cadeia. Eles jogavam com a impunidade. O panorama, no entanto, mudou. A campanha eleitoral deste ano vai provar que com menos dinheiro pode-se fazer o esforço político na busca do voto.
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OLHO NO SEGUNDO TURNO

E o problema principal, a partir de agora, é que a campanha pelas urnas de outubro vai se tornar mais nítida e mais intensa na busca pela classificação no segundo turno, a 28 de outubro. Pois agora já se sabe que o PT vai na campanha com Fernando Haddad, e o problema principal é em que percentagem Lula poderá transferir votos para ele. O quadro de opções ficou mais nítido sem a nuvem que inibia a atuação do PT. Era Lula ou Haddad. A partir de hoje é só a candidatura do ex-prefeito da cidade de São Paulo.
O segundo turno é inevitável. Bolsonaro, candidato da extrema- direita, estará nele. Mas quem será seu adversário no duelo final? Esta passou a ser a questão essencial.
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