quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Netflix ultrapassa a Sky e é a maior TV por assinatura do Brasil


A Netflix já é a maior empresa de TV paga do país em número de assinantes. Vai fechar o ano com cerca de 10 milhões de clientes no Brasil, seu segundo maior mercado global, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo estudo da consultoria Ampere Analysis, já tem mais assinantes do que a Net e a Sky, as duas maiores operadoras de TV por assinatura. O estudo foi apresentado na terça (31) no PayTV Forum, evento que discutiu o futuro da TV paga. Segundo Guy Bisson, diretor de pesquisas da Ampere, a Neftlix já tem um quarto de todos os pagantes por serviços de TV no país.
De acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Net e a Claro TV têm juntas 8,9 milhões de assinantes; a Sky, 5,2 milhões. Os dados da Anatel não incluem a Netflix, que, por operar em streaming, não se enquadra no Seac (Serviço de Acesso Condicionado). Apesar de deter 24% do mercado de assinantes, a Netflix tem faturamento de empresa pequena perto da Net e da Sky. Isso porque pratica preços baixos _seu pacote mais caro custa R$ 37,90. Conforme o levantamento da Ampere, de cada R$ 100 gastos com TV por assinatura no Brasil, R$ 36,40 vão para a Sky; R$ 29,40 para a Net; R$ 8,40 para a Claro, R$ 8,40 para a Vivo e R$ 6,90 para a Oi. A Netflix fica com apenas R$ 5,50. Os valores não incluem banda larga e telefonia, que engordam os balanços da Net, Vivo e Oi. O estudo traz outro dado impressionante: 8% das residências do Brasil já têm um serviço de assinatura de video on-demand (SVoD) como principal entretenimento televisivo. A Netflix é de longe o SVoD preferido dos brasileiros. Nos Estados Unidos, onde Amazon e Hulu também são plataformas relevantes, esse percentual é de 13%. No México, de 17%. O binge watching, o hábito de ver séries de uma tacada só impulsionado pelos serviços de streaming, já se consolidou no Brasil. Quase 60% dos domicílios com algum serviço de TV paga (aqui consideradas as operadoras de cabo e satélite e os serviços online, como Netflix, Clarovídeo/Now e Amazon) são habitados por pessoas que praticam o binge watching. O comportamento é semelhante ao dos franceses, um pouco maior do que o dos ingleses e menor do que o dos americanos. A Ampere aponta que o cord-cutting, termo em inglês que designa a troca da TV por assinatura tradicional pelos serviços de streaming, também começa a ser preocupante na América Latina. No ano passado, para cada três novos assinantes de SVoD, houve um cancelamento de assinatura de TV por cabo ou satélite no Brasil. E o número de clientes das plataformas de streaming deve dobrar na América Latina até 2021, superando os 30 milhões. (Daniel Castro)

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