O Ministério Público
propôs uma ação civil de improbidade administrativa contra o ex-prefeito
de São Paulo e candidato à vice-presidência pelo Partido dos
Trabalhadores (PT), Fernando Haddad. A ação é movida pelo promotor de
Justiça Wilson Tafner.
O processo cita a operação Cifra Oculta,
deflagrada pela Polícia Federal para investigar João Vaccari Neto, que
na época era tesoureiro do PT. Vaccari teria pedido dinheiro a Ricardo
Ribeiro Pessoa, controlador da UTC Participações, para o pagamento de
dívidas com gráficas responsáveis pela impressão de material de campanha
do ex-prefeito em 2012.
Ricardo foi preso em uma das fases da
operação Lava-Jato e firmou acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria-Geral da República em 2013. O grupo empresarial UTC entrou
com pedido de recuperação judicial no ano passado.
Estaria, também, envolvido no esquema,
Francisco Carlos de Souza, ex-deputado estadual pelo PT e dono de
gráficas que atuaram na campanha de Haddad. Segundo a ação, o
ex-prefeito “tinha pleno domínio daquela solicitação espúria e dos
interesses da UTC nas grandes obras públicas da Prefeitura de São
Paulo”.
O MP pede condenação de todos os
acusados, ressarcimento integral do dano, perda de função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos e impedimento de
fazer contratos com o poder público por três anos.
Outro lado
A Comissão Executiva Nacional do PT
divulgou nota, considerando a denúncia como falsa, irresponsável e
facciosa. O texto ainda relaciona à denúncia contra Haddad como as
apresentadas por outros membros do MPSP contra o presidente Lula, e
“mesmo provocando uma onda de publicidade negativa acabaram rejeitadas
pela Justiça”.
“Além de defender a inocência do nosso
candidato a vice-presidente, falsamente acusado em plena campanha
eleitoral, o Partido dos Trabalhadores vai apresentar mais uma
representação ao Conselho Nacional do Ministério Público para
responsabilizar a ação partidária e política de membro do MPSP”, informa
a nota da comissão.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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