Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco fala sobre os avanços no Velho Chico
No Dia do Meio Ambiente, presidente do Comitê do São Francisco se preocupa com poços clandestinos para irrigação no oeste baiano
Dois anos depois de
anunciar um plano nacional de revitalização do Velho Chico, o Comitê da
Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHRS) diz que pouco se
avançou na questão. O alívio veio mesmo da natureza. Um período úmido
entre novembro e dezembro de 2017 melhorou um pouco o volume dos
reservatórios. Mas, após anos dramáticos de seca, estado e sociedade
civil precisam agir.
O presidente do CBHRS,
Anivaldo Miranda, diz que a situação está muito aquém do ideal e que a
crise do Rio São Francisco está muito mais atrelada a problemas de
gestão do que dos próprios ciclos naturais. “Água no Brasil, tem! O
problema é a exploração desregulada dessa água”.
Uma dessas formas de
exploração, diz Anivaldo, ocorre na Bahia. Durante entrevista coletiva
que abriu as comemorações do Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco
(03 de Junho), ele criticou a expansão das fronteiras agrícolas no
oeste baiano e a perfuração de poços de irrigação no aquífero de
Urucuia. “A maior parte é clandestina”.
O problema com as águas
subterrâneas na Bahia estaria comprometendo a vazão afluente à
Hidrelétrica de Sobradinho no período de estiagem. Em Aracaju, no
lançamento da campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico e do
II Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco,
Anivaldo também cobrou a
implementação do plano nacional que, desde 2016, calcula em R$ 30
bilhões o valor necessário para revitalizar o Rio São Francisco em dez
anos.
Correio
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