domingo, 3 de junho de 2018

A grande lição desta crise é que não se pode confiar na solução do “mercado”


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Charge do Oliveira (Humor Político)
Roberto Nascimento
Quando a Petrobrás estava sendo saqueada por empreiteiras, empresas fornecedoras e por políticos que indicaram seus representantes nas diretorias que furam poço, para irrigarem campanhas eleitorais e enriquecer seus negócios escusos, no sentido da manutenção dos mandatos parlamentares e o execrável foro privilegiado, bem, nesse caso, nenhuma crítica do “mercado”.
Descoberto a pilhagem na empresa de capital aberto, não sei qual a razão de continuarem dizendo que a petroleira é estatal. A Petrobrás é dos acionistas, portanto, deixou de ser do povo brasileiro, desde o governo de FHC. Mentem descaradamente para o povo. A prova basilar, é a queda nas bolsas, quando o atual governo declarou a intenção de controlar os preços do óleo diesel, objetivando unicamente o fim da greve dos caminhoneiros, que paralisou a nação de Norte a Sul.
PAGAMOS O ROMBO – O prejuízo que as empreiteiras deram na Petrobrás, principalmente a grande imperatriz e líder Odebrecht, é incalculável. A esse respeito, o mercado quedou-se inerte, lógico, e o Estado, que somos todos nós, teve que bancar o rombo bilionário do saque promovido na petroleira.
Ora, se a empresa é estatal, mas não pode influir na política de preços de seus produtos (diesel, gasolina e gás), então, qual o motivo de entre aspas, mantê-la sobre o guarda chuvas do Estado brasileiro? Na verdade, a Petrobrás pertence ao mercado, aos acionistas americanos, chineses e europeus. O governo perdeu o controle da sua maior empresa, como já perdeu na era FHC, que vendeu a Vale do Rio Doce, por preço de banana, da ordem de 3 bilhões, quando na época, já valia 1 (um) trilhão.
AFÃ DE PRIVATIZAR – FHC privatizou também as distribuidoras elétricas, privatizou as ferrovias, que tornaram a nação, refém das rodovias. Sem malha ferroviária para escoar a produção agrícola e industrial, as empresas transportadoras aliadas aos caminhoneiros impuseram a redução do preço do óleo diesel e uma derrota jamais vista a um governo, sem meios para impedir o caos no abastecimento. Por causa da falta de visão do então presidente, sociólogo e acadêmico, o ilustre FHC, a nação ficará por muito tempo, a mercê dos “donos” das estradas brasileiras, que em alguns trechos se encontram até intransitáveis.
Nem se quiserem reparar o erro colossal do fim da malha ferroviária, o problema não poderá ser resolvido a curto prazo, pois levaremos décadas para repor os trilhos perdidos.
Por que essa ânsia de privatizar a esmo, sem considerar os interesses nacionais estratégicos? Agora todos puderam constatar in loco, ao vivo e a cores, a importância das ferrovias controladas pelo Estado. Por causa desse grave erro de estratégia geopolítica, o país esteve à beira de uma convulsão social provocada pelo desabastecimento em larga escala.
É o que dá quando se acredita no mercado e em políticos aventureiros.
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