terça-feira, 1 de maio de 2018

Arquitetos de SP denunciam outros imóveis abandonados e culpam governo


O edifício, que ficava na Avenida Rio Branco, era tombado como patrimônio histórico e estava ocupado por um movimento social de defesa ao direto a moradia

BAHIA.BA
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

Após um prédio de 26 andares pegar fogo e desabar no Centro de São Paulo na madrugada desta terça-feira (1º), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo local emitiu nota descrevendo a situação como “mais um exemplo do descaso do Poder Público, em todas as esferas, com o atual quadro urbanístico” das cidades brasileiras.
O edifício que desabou foi projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol, em 1961,  e era um dos melhores exemplos da arquitetura moderna na cidade, sendo tombado em 1992 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. 
“No entanto, já estava degradado por abandono, falta de manutenção e sucessivas ocupações informais e outras organizadas. Sem se entenderem, o governo, nas diversas esferas e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando, o que adiou sua possível recuperação e nova destinação, com potencial para amenizar a precária situação habitacional. Há muitas outras construções em situação idêntica na área. Antes que novas tragédias aconteçam, é hora de uma ação política urbana articulada, séria e eficaz a respeito”, declarou a entidade.
O presidente Michel Temer (MDB) chegou a visitar o prédio nesta terça, mas foi ovacionado e teve que deixar o local sob vaias e protestos. O incêndio vitimou um homem, enquanto estava sendo resgatado pelo Corpo de Bombeiros.

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