domingo, 1 de abril de 2018

Incontinência urinária afeta mais as mulheres


A explicação reside no fato de que a uretra (canal condutor da urina) feminina é mais curta que a do homem e sofre agressão durante gestação e parto

Tribuna da Bahia, Salvador
   
Foto: Reprodução

Por Jordânia Freitas
A Bahia já registrou 203 casos de internação por conta de  incontinência urinária este ano. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 88,7% das vítimas foram mulheres, com 180 registros. Os homens aparecem com 23 internações, o que representa 11,3% das ocorrências. Especialistas afirmam que a perda involuntária da saída da urina não acomete apenas idosos, podendo ocorrer em qualquer fase da vida, sendo um distúrbio mais frequente no sexo feminino.
A explicação reside no fato de que a uretra (canal condutor da urina) feminina é mais curta que a do homem e sofre agressão durante gestação e parto. Além disso, o mecanismo muscular de controle da urina no homem é mais forte.
De acordo com Rogério Araújo, urologista da Clínica Uroclin, a incontinência urinária mais comum em mulheres é causada por esforço. A patologia se manifesta ao tossir, pular, rir, espirrar ou ao praticar alguma atividade física. “Geralmente acomete 25% das mulheres em todas as faixas etárias. Mulheres jovens, que pariram, que não pariram e idosas também”, explica o médico.
Segundo o urologista, esse tipo de incontinência urinária pode ser eliminado por meio de medicação, fisioterapia ou cirurgia. Contudo, em alguns casos, não é preciso realizar nenhuma dessas intervenções. “Ás vezes a gente só precisa mudar o comportamento. Quando for fazer atividade física, esvazia a bexiga”, revela Rogério Araújo.
Nas mulheres idosas, os problemas de incontinência urinária surgem por conta de esforço ou podem estar atrelados a  doenças neurológicas, como Parkinson.  Diabetes e outras enfermidades também podem causa incontinência nessa fase da vida.
O especialista reforça que para saber qual tipo incontinência urinária a mulher está vivenciando, é preciso consultar o urologista. No consultório, além de uma análise clínica, o médico fará um exame que tem com o objetivo verificar o funcionamento da bexiga. A partir dos resultados que será definida a melhor forma de tratamento.

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