Laís Lis
G1, Brasília
O ex-prefeito de Caracas e um dos líderes da oposição na Venezuela, Antonio Ledezma, disse neste sábado (28) em Brasília que a migração de pessoas fugindo da crise no país vizinho pode aumentar após as eleições venezuelanas, marcadas para 20 de maio. Ele classificou as eleições de “fraude”.
Segundo o oposicionista ao regime do presidente Nicolás Maduro, a concretização do processo eleitoral pode aumentar a desesperança da população. A Venezuela vive uma intensa crise social, política e econômica. A oposição alega que o governo manipula a eleição para garantir a vitória de Maduro.
SEM OPÇÃO – “Caso se concretize a fraude no próximo 20 de maio, muita gente pode concluir que a luta está perdida e o que sobra para essa gente é a opção de ir embora. E isso pode aumentar a diáspora, a emigração”, disse Ledezma, que viajou para o Brasil como parte de um roteiro por vários países para discutir a crise na Venezuela. Ele vive no exílio em Madri.
Ledezma afirmou que os venezuelanos fogem do país porque essa é a única opção. “Ou é a vida ou a morte”, disse, assinalando esperar que os países não fechem suas fronteiras. “Os países estão se preparando para levar essa carga. Sabemos que muitas vezes somos uma carga, mas somos seres humanos, somos vizinhos”, relatou.
Recentemente, Trinidad e Tobago decidiu deportar dezenas de venezuelanos que tentavam pedir refúgio e abrigo ao país caribenho.
APELO AO STF – O governo de Roraima, estado brasileiro fronteiriço à Venezuela, chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a União faça um controle mais rígido da fronteira. Roraima alega que não está tendo condições de receber o grande volume de venezuelanos que chega diariamente ao estado. Mais de 40 mil venezuelanos já migraram para a capital do estado, Boa Vista.
No Brasil, o ex-prefeito de Caracas se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e pediu que o governo brasileiro não reconheça a eleição de maio. Ele pediu ainda que o país aplique sanções contra os dirigentes da Venezuela. “Pedimos sanções personalizadas, não contra a nação ou contra o povo”.
Alguns países, como Canadá, Suíça e Panamá, já anunciaram sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outros funcionários do governo.
APOIO A REFUGIADOS – O ex-prefeito de Caracas também pediu que governo brasileiro apoie os venezuelanos que estão chegando no Brasil fugindo da crise econômica.
Ledezma pediu ações complementares como o registro de moradia provisório para auxiliar os imigrantes, além de auxílio médico e com alimentação. “A ideia [de quem emigra] é voltar para a Venezuela. Não temos cultura de emigrantes”, afirmou.
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G1, Brasília
O ex-prefeito de Caracas e um dos líderes da oposição na Venezuela, Antonio Ledezma, disse neste sábado (28) em Brasília que a migração de pessoas fugindo da crise no país vizinho pode aumentar após as eleições venezuelanas, marcadas para 20 de maio. Ele classificou as eleições de “fraude”.
Segundo o oposicionista ao regime do presidente Nicolás Maduro, a concretização do processo eleitoral pode aumentar a desesperança da população. A Venezuela vive uma intensa crise social, política e econômica. A oposição alega que o governo manipula a eleição para garantir a vitória de Maduro.
SEM OPÇÃO – “Caso se concretize a fraude no próximo 20 de maio, muita gente pode concluir que a luta está perdida e o que sobra para essa gente é a opção de ir embora. E isso pode aumentar a diáspora, a emigração”, disse Ledezma, que viajou para o Brasil como parte de um roteiro por vários países para discutir a crise na Venezuela. Ele vive no exílio em Madri.
Ledezma afirmou que os venezuelanos fogem do país porque essa é a única opção. “Ou é a vida ou a morte”, disse, assinalando esperar que os países não fechem suas fronteiras. “Os países estão se preparando para levar essa carga. Sabemos que muitas vezes somos uma carga, mas somos seres humanos, somos vizinhos”, relatou.
Recentemente, Trinidad e Tobago decidiu deportar dezenas de venezuelanos que tentavam pedir refúgio e abrigo ao país caribenho.
APELO AO STF – O governo de Roraima, estado brasileiro fronteiriço à Venezuela, chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a União faça um controle mais rígido da fronteira. Roraima alega que não está tendo condições de receber o grande volume de venezuelanos que chega diariamente ao estado. Mais de 40 mil venezuelanos já migraram para a capital do estado, Boa Vista.
No Brasil, o ex-prefeito de Caracas se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e pediu que o governo brasileiro não reconheça a eleição de maio. Ele pediu ainda que o país aplique sanções contra os dirigentes da Venezuela. “Pedimos sanções personalizadas, não contra a nação ou contra o povo”.
Alguns países, como Canadá, Suíça e Panamá, já anunciaram sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outros funcionários do governo.
APOIO A REFUGIADOS – O ex-prefeito de Caracas também pediu que governo brasileiro apoie os venezuelanos que estão chegando no Brasil fugindo da crise econômica.
Ledezma pediu ações complementares como o registro de moradia provisório para auxiliar os imigrantes, além de auxílio médico e com alimentação. “A ideia [de quem emigra] é voltar para a Venezuela. Não temos cultura de emigrantes”, afirmou.
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