quinta-feira, 1 de março de 2018

O veneno que mata lentamente!...




            Sou da geração do divertimento, da alegria e felicidade em casa, escola, clube, jardim, na rua! Da melhor música, do esporte, do zero álcool e muita dança nas festas de arromba; vivi livre e muito bem, sem medo de me divertir, sem medo de bandido, namorava no carro, na rua, na praça ou no cinema. Estudei em excelentes escolas, mas as públicas eram melhores, e onde quer que estivesse tudo era espetacular - vivi uma vida gostosa, completa, intensa. Fui um  jovem dos anos 70.
            Todavia, apesar das regras severas impostas pela família, escola e sociedade - não pode fazer isso, aquilo -, meus pais não se preocuparam com o mal maior que seus filhos faziam: fumar! Fumar era modismo da época, e todos tinham que experimentar. Assim, pouquíssimos  jovens  não aderiram ao veneno que mata lentamente. Aliás, o Brasil, o mundo, fumava!
            Comecei a fumar aos 15 anos. Depois de viciado, meu inferno futuro começou. Naquela época, respeito era a ordem, e, em casa, após o almoço ou jantar, feito um idiota, trancava-me no banheiro para me deliciar com o veneno que mata lentamente! Como meu pai fumava...
            E o tempo passou. Já casado e com duas filhas, sempre me questionei por que fumar! A mídia contra o cigarro se intensificou no Brasil e eu, cada vez mais, me envergonhava daquele vício maldito.            
            Em 1995, escrevi uma carta a todos os meus parentes, amigos fumantes, sobre a necessidade de largarmos o veneno que mata na  surdina!...
            Cara leitor, com o intuito de tentar ajudar, repetirei a mesma dose neste artigo, com ajustes para melhor identificar o porque de abandonar este vício tão maligno, que mata fria e paulatinamente! Foi assim:
            O motivo desta correspondência é muito simples: convocar todos os meus parentes, amigos e conhecidos a abandonarem de uma vez por todas este maldito vício chamado  cigarro! Não vou me estender, já que, todos nós dependentes deste veneno, têm consciência e informação suficientes do mal que esta "praga "  faz!
            Por isso, como sugestão, proponho uma data para que todos nós, os atuais fumantes, abandonemos definitivamente este inimigo, causador de CÂNCER, INDISPOSIÇÃO, RESSACA, FALTA DE AR, ANGÚSTIA, DEPRESSÃO, fazendo com que, até as pessoas que amamos incondicionalmente, como os nossos filhos, - fumem indireta, mas compulsivamente, tornando-se um viciado em potencial num futuro bem próximo.
            Caros parentes e amigos, não temos mais tempos para continuarmos nos maltratando, colocando fumaça química nos nossos pulmões e, como estúpidos, ignorantes, imbecis, nos matando lentamente...  
            Hoje, a minha felicidade é ver que o meu objetivo foi atingido, porque mais de 90% deles abandonaram a perniciosa dependência do tabaco. Porém, das 60, 80 pessoas que pararam, infelizmente três continuam fumando, sendo que duas são mulheres!   
            E assim finalizei e finalizo agora: Que DEUS nos ajude! Pensando bem, será que precisamos pedir isso ao nosso Pai? O que precisamos mesmo é ter respeito à vida, disciplina e vergonha na cara. Fumar atualmente é de uma incoerência absurda, chegando a ser até mesmo repugnante!... 

PS: se esta correspondência o incentivar de alguma forma, leve consigo, poderá ser útil nos momentos de fraqueza! Leia sempre que achar necessário.

Sérgio Belleza é administrador, empresário, consultor e autor dos livros, Caminhando com Walkyria e Ascensão e Queda de um Império Econômico.

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