A aquisição das marcas Jaguar e Land Rover pela indiana Tata Motors fez bem tanto para a marca do felino como para o selo dos jipões aristocráticos. Uma prova disso é que o grupo tem levado a sério seu propósito de eletrificar sua gama e a versão definitiva do revolucionário I-Pace.
Chamar o modelo de revolucionário não é exagero e nem força de expressão. Trata-se do primeiro automóvel sem motor a combustão da marca inglesa. E quando se fala de um fabricante como a Jaguar que, historicamente, produziu sedãs, cupês e conversíveis, um hatchback pode soar como declínio social à casa de Coventry.
Para evitar problemas como a lastimável experiência da perua X-Type, que o The New York Times classificou em 2007 como o fracasso da década, a Jaguar categoriza o I-Pace como utilitário-esportivo (SUV), assim como o F-Pace e E-Pace.
Definições à parte, o que importa é que o I-Pace ratifica, ao lado de modelos como Tesla Model S e BMW i8, que há espaço para elétricos de luxo e que o valor agregado da marca atenua o custo elevado do sistema de propulsão.
O I-Pace conta com dois motores elétricos, montados junto aos eixos dianteiro e traseiro. Juntos, geram superlativos 400 cv e 69,6 mkgf de torque. Segundo a Jaguar, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos.
No assoalho entre os eixos ficam as baterias de íon de lítio que prometem autonomia de 480 quilômetros. A recarga, na tomada convencional, leva cinco horas para se completar. Já com módulo de recarga rápida, é possível obter 80% da força em 40 minutos. No Reino Unido, o elétrico partirá de 63,5 mil libras. Algo em torno de R$ 380 mil.