A Verdade Sufocada – e incontestável!
“Interessante! Para a esquerda as vidas
têm valores diferentes… Para um militante, tudo: o clero coeso em
orações, a honra, a glória, a bandeira nacional! Para os que morreram em
seu trabalho ou na rua, sem nem saber porque, nada! O vigia Paulo
Macena, um trabalhador, desempenhando sua humilde função, morto pela
explosão da bomba no Cine Bruni, colocada como protesto contra a Lei
Suplicy (*); os mortos do Aeroporto de
Guararapes – jornalista edson Régis de Carvalho e almirante Nelson Gomes
Fernandes; o sargento Carlos Argemiro; o cabo PM Raymondo de Carvalho
Andrade; o fazendeiro José Gonsalves Conceição – Zé Dico; o bancário
Ozires Motta Marcondes; Agostinho Ferreira Lima da Marinha Mercante,
todos vítimas de ações guerrilheiras ocorridas antes da morte do
estudante Edson Luiz, não mereceram velórios em Assembleias
Legislativas, nem discursos inflamados, nem a bandeira nacional sobre
seus caixões! E, senão fosse a dor de suas famílias e seus amigos, nem
mesmo em uma cerimônia religiosa seriam lembrados.
Já nessa época, os direitos humanos e o próprio direito à vida tinham apenas uma direção: a esquerda.”
Já nessa época, os direitos humanos e o próprio direito à vida tinham apenas uma direção: a esquerda.”
Hoje são 190 mortos por dia, mas, quem causa comoção, quais são os pranteados, os lembrados, os homenageados e nunca esquecidos?
(*) A Lei Suplicy assegurava a
participação de representantes discentes junto aos órgãos de deliberação
coletiva e aos departamentos das instituições de ensino superior,
designados pelos estudantes. Atendia, também, antiga reivindicação do
movimento estudantil, tornando obrigatório o voto para a eleição das
diretorias dos Diretórios Acadêmicos.
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