Ex-capitão do Exército com posições estatizantes, Jair Bolsonaro já avisou que, se eleito, Paulo Guedes será seu ministro da Fazenda
BAHIA.BACom doutorado pela Universidade de Chicago, instituição que se tornou o símbolo do liberalismo, o economista Paulo Guedes, 68 anos, tem mantido conversas quinzenais com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC), nas quais tratam de temas como privatização radical, corte de impostos e independência do Banco Central.
Ex-capitão do Exército com posições estatizantes, Bolsonaro confiou a Guedes a responsabilidade de criar seu programa econômico e já avisou que, se eleito, o economista será seu ministro da Fazenda.
Em entrevista à Folha, Guedes reconheceu que, após décadas de recusas para ingressar no setor público, pode topar “aquela confusão lá”, em referência a Brasília
“O país continua sendo um paraíso dos rentistas e inferno dos empreendedores. Os impostos subindo, os gastos públicos saindo de 18% do PIB quando os militares entraram para 45%, quando Lula e Dilma saíram, sendo 38% de impostos e 7% de deficit. É um governo totalmente disfuncional. O governo é muito grande, bebe muito combustível”, defende Guedes, em entrevista à publicação.
De acordo com ele, um programa amplo de privatização poderia zerar a dívida ou, ao menos, baixá-la. “Por que não pode vender o Correio? Por que não pode vender a Petrobras? E se o mundo for para um negócio de energia solar? E o shale gas [gás de xisto]? E se o petróleo, daqui a 30 anos, estiver valendo US$ 8 [o barril]? Você sentou em cima de um totem, ficou adorando o Deus do óleo. Por que uma empresa que assalta o povo brasileiro tem que continuar na mão do Estado?”, questiona.
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