O uso abusivo dos
“jatinhos” da FAB pelas autoridades governamentais e políticos, para
deslocamentos aéreos vinculados ao
serviço, e mais ainda para fins políticos,particulares e até “familiares”,PASSOU
DE TODOS LIMITES.
Qualquer “merda-bosta” dos Três Poderes de Brasília acha-se no direito inquestionável
de requisitar aeronaves da FAB para seus deslocamentos aéreos, qualquer que
seja o motivo , o destino, ou a distância. Vale só lembrar que só o espaço aéreo brasileiro tem
mais de 8.000.000 Km/2. É espaço
aéreo para ninguém botar defeito ,voando
com políticos, autoridades e “amigos”.
Por seu turno o Comando da Aeronáutica se curva e atende, sem questionar nada. É por
isso que os governos preferem nomear “mandaletes”
para preencher as vagas nos comandos administrativos ,inclusive nas Forças
Armadas.
Na mente politicamente deturpada desses aproveitadores e
“sangue sugas” do erário, a utilização da aviação comercial passou a ser um transporte de “segunda
categoria”, para os “outros”,para os “inferiores”, para a “plebe”,não
condizente com o “status” do respectivo usuário
dos jatinhos de uso privativo, apesar das passagens nas linhas aéreas ser paga pelos cofres públicos.
Essas benesses brasileiras não têm equivalência no mundo inteiro. Quando
eu era criança, cansei de ver os próprios Presidentes Juscelino Kubitchek ou
João Goulart, viajarem nos aviões das linhas
aéreas regulares. Uma simples consulta aos jornais da época mostrará
essa verdade.
Quem já viveu o mundo da aviação de perto,como eu, durante
um certo tempo,bem sabe dos custos astronômicos que representam a compra,os
reparos, a manutenção ,a operação,e o combustível aeronáutico. Todos os custos
são cotados em “dólar”.
Mas lá pelas tantas, tive informações ,por exemplo,que a “prestigiada” Senadora Gleisy Hoffmann, Presidente
do PT, nas suas folgas e fins de semana,estaria viajando de Brasilia ao Paraná ,seu universo
eleitoral,com os “jatinhos” da FAB, com duas idas e voltas da aeronave, uma
para levá-la,e a seguinte para buscá-la. O mesmo antes acontecia com a então Senadora
catarinense Ideli Salvatti,também,do PT,nas suas viagens Brasília/Florianópolis. Esses são só dois
exemplos. Tal procedimento é generalizado lá em Brasília. Os “doutores” de lá
não titubeiam em usar todas essasas mordomias aéreas. Até os Ministros dos Tribunais Superiores já usam os
“jatinhos”.
Os aviões de COMBATE da FAB ,dentre outros,sãoo “Super Tucano” (99
unidades),o Helicóptero AH-2 Sabre (12),O Turbo Hélice P-3 Orion (9),o “caça”
A-IM (56),o P-95-Bandeirulho (8),o “caça” F-5 Tiger II-supersônico (50),o
Helicóptero SuperLynx (12),o Helicóptero MH-16 Seahawk (4),e o jato AF-1 (23) .
É muito “interessante” a falta de transparência do
Governo ,do Comando da Aeronáutica, e da
própria FAB, em não divulgar com precisão -
como o faz em relação aos aviões de combate -qual a frota e o número de
aeronaves “jatinhos”destinados a servir políticos e autoridades. É claro quedeve
ser uma enorme frota, parapodercobrir tanto espaço aéreo e milhares de políticos
e autoridades que se enquadram no perfil de usuários em
potencial.
Devido à escassez das verbas que deveriam ser destinadas à
renovação da frota aérea das Três
Forças, reparos, conservação e manutenção das aeronaves , grande parte dos
aviões e helicópteros de COMBATE já
estão em vias de sucateamento, oferecendo sério risco aos pilotos e demais tripulantes.
Mas as carências sentidas em relação aos aviões de combate
passam bem longe da frota dos “jatinhos” (executivos?) que se destinam a servir
as autoridades governamentais e políticos privilegiados.
Portanto, há que se concluir que em grande parte transformaram a “nossa” FAB numa espécie de “Departamento de
Transporte Aéreo de Autoridades e Políticos”, ou “Taxi Aéreo Gratuito”(para
esse pessoal) ,cuja manutenção e operação,com certeza,custa muito mais caro
ao erário do que o valor dispendido com os aviões de
combate que deveriam proteger os céus do país.
Também merece algum destaque
toda a provável “maracutaia” na recente compra dos 36 jatos suecos supersônicos Gripen (de combate),
onde a suspeita de corrupção a cada dia apresenta mais evidências, e que não
recebeu qualquer oposição das autoridades militares aeronáuticas
“i-rresponsáveis”. Seria omissão ou cumplicidade?
Ora,é evidente que
esse “deslocamento” equivocado de atividades acarreta um ataque frontal e
muito perigoso ao mais elementar
princípio de “Segurança Nacional”, onde a defesa aérea tem um lugar de destaque.
Sérgio Alves de Oliveira/Advogado e Sociólogo
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