domingo, 4 de fevereiro de 2018

COMO DESTRUIRAM A FORÇA AÉREA BRASILEIRA?




 O uso abusivo dos “jatinhos” da FAB pelas autoridades governamentais e políticos, para deslocamentos  aéreos vinculados ao serviço, e mais ainda  para  fins políticos,particulares e até “familiares”,PASSOU DE TODOS LIMITES.
Qualquer “merda-bosta” dos Três Poderes  de Brasília acha-se no direito inquestionável de requisitar aeronaves da FAB para seus deslocamentos aéreos, qualquer que seja o motivo , o destino, ou a distância.  Vale só  lembrar que só o espaço aéreo brasileiro tem mais de 8.000.000 Km/2. É  espaço aéreo  para ninguém botar defeito ,voando com  políticos, autoridades e “amigos”. Por seu turno o Comando da Aeronáutica  se curva e atende, sem questionar nada. É por isso que os governos preferem  nomear “mandaletes” para preencher as vagas nos comandos administrativos ,inclusive nas Forças Armadas.
Na mente politicamente deturpada desses aproveitadores e “sangue sugas” do erário, a utilização da aviação comercial  passou a ser um transporte de “segunda categoria”, para os “outros”,para os “inferiores”, para a “plebe”,não condizente com o “status” do respectivo usuário  dos jatinhos de uso privativo, apesar das passagens nas linhas  aéreas ser paga pelos cofres públicos.                                                                                                                                                  
Essas benesses brasileiras  não têm equivalência no mundo inteiro. Quando eu era criança, cansei de ver os próprios Presidentes Juscelino Kubitchek ou João Goulart, viajarem nos aviões das linhas  aéreas regulares. Uma simples consulta aos jornais da época mostrará essa verdade.
Quem já viveu o mundo da aviação de perto,como eu, durante um certo tempo,bem sabe dos custos astronômicos que representam a compra,os reparos, a manutenção ,a operação,e o combustível aeronáutico. Todos os custos são cotados em “dólar”.
Mas lá pelas tantas, tive informações ,por exemplo,que a  “prestigiada” Senadora Gleisy Hoffmann, Presidente do PT, nas suas folgas e fins de semana,estaria viajando  de Brasilia ao Paraná ,seu universo eleitoral,com os “jatinhos” da FAB, com duas idas e voltas da aeronave, uma para levá-la,e a seguinte para buscá-la. O mesmo antes acontecia com a  então Senadora catarinense Ideli Salvatti,também,do PT,nas suas viagens  Brasília/Florianópolis. Esses são só dois exemplos. Tal procedimento é generalizado lá em Brasília. Os “doutores” de lá não titubeiam em usar todas essasas mordomias aéreas. Até os  Ministros dos Tribunais Superiores já usam os “jatinhos”.
Os aviões de COMBATE  da FAB ,dentre outros,sãoo “Super Tucano” (99 unidades),o Helicóptero AH-2 Sabre (12),O Turbo Hélice P-3 Orion (9),o “caça” A-IM (56),o P-95-Bandeirulho (8),o “caça” F-5 Tiger II-supersônico (50),o Helicóptero SuperLynx (12),o Helicóptero MH-16 Seahawk (4),e o  jato AF-1 (23) .
É muito “interessante” a falta de transparência do Governo  ,do Comando da Aeronáutica, e da própria FAB, em não divulgar com precisão -  como o  faz em relação aos  aviões de combate -qual a frota e o número de aeronaves “jatinhos”destinados a servir políticos e autoridades. É claro quedeve ser uma enorme frota, parapodercobrir tanto espaço aéreo e milhares de políticos e  autoridades  que se enquadram no perfil de usuários em potencial.
Devido à escassez das verbas que deveriam ser destinadas à renovação da frota  aérea das Três Forças, reparos, conservação e manutenção das aeronaves , grande parte dos aviões e helicópteros de COMBATE  já estão em vias de sucateamento, oferecendo sério risco  aos pilotos e demais tripulantes.
Mas as carências sentidas em relação aos aviões de combate passam bem longe da frota dos “jatinhos” (executivos?) que se destinam a servir as autoridades governamentais e políticos privilegiados.
Portanto, há que se concluir que em grande parte  transformaram a “nossa”  FAB numa espécie de “Departamento de Transporte Aéreo  de  Autoridades e Políticos”, ou “Taxi Aéreo Gratuito”(para esse pessoal) ,cuja manutenção e operação,com certeza,custa muito mais caro ao  erário  do que o valor dispendido com os aviões de combate que deveriam proteger os céus do país.
Também merece algum destaque  toda a provável “maracutaia” na recente compra dos 36  jatos suecos supersônicos Gripen (de combate), onde a suspeita de corrupção a cada dia apresenta mais evidências, e que não recebeu qualquer oposição das autoridades militares aeronáuticas “i-rresponsáveis”. Seria omissão ou cumplicidade?
Ora,é evidente que  esse “deslocamento” equivocado de atividades acarreta um ataque frontal e muito  perigoso ao mais elementar princípio de “Segurança Nacional”, onde a defesa aérea  tem um lugar de destaque.
Sérgio Alves de Oliveira/Advogado e Sociólogo

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