sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Além de Lula, dois outros fortes candidatos estão descartados – Huck e Barbosa


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Barbosa e Huck nunca foram candidatos de verdade
Carlos Newton
A respeito das pesquisas, é preciso ficar claro que elas não chamam atenção para um dado da maior importância – o espantoso número de eleitores que ainda não escolheu candidato ou nem pretende votar. Praticamente a metade do eleitorado está nesta condição, ao declarar que está indeciso ou nem se interessa pela sucessão deste ano, preferindo se abster,  votar em branco ou anular o sufrágio. Este dado é importantíssimo e deveria encabeçar o resultado dos levantamentos eleitorais, porque altera expressivamente o enfoque, mas os institutos de pesquisa fazem questão de esconder esta realidade.
Assim, quando se diz que Lula tem 33% e Bolsonaro está com 18%, por exemplo, não se faz a ressalva de que estes percentuais se referem a quem já escolheu candidato. Na verdade, Lula apenas teria cerca de 17% e Bolsonaro estaria com aproximadamente 9% do eleitorado como um todo.
QUADRO INDEFINIDO – Na verdade, falta muita gente se decidir. Por enquanto, o quadro está indefinido, especialmente porque algumas candidaturas ainda não estão confirmadas. O certo já seria considerar que três dos mais fortes candidatos não vão participar da eleição – Lula da Silva, Luciano Huck e Joaquim Barbosa.
Após a condenação em segunda instância, Lula se tornou um candidato-fantasma, que não mais existe, porém continuará a fazer uma campanha tipo zumbi, tentando assustar os adversários, no estilo do seriado “Walking Dead”.
Para fortalecer o PT, realmente é melhor que Lula faça campanha até o fim, no papel de vítima de perseguição política, porque há uma expressiva faixa do eleitorado que acredita nesta conversa fiada e deve votar nos candidatos do partido.
HUCK BLEFOU – Outros dois fortes candidatos, com chances de chegar ao segundo turno, eram o apresentador global Luciano Huck e o ministro aposentado Joaquim Barbosa. Mas nenhum dos dois deve concorrer.
A candidatura de Huck tinha dois objetivos, que nada tinham a ver com a sucessão – ele queria se projetar na mídia e forçar a TV Globo a manter sua mulher no ar, porque a emissora decidiu acabar com o programa semanal “Estrelas” e com o quadro “Video Game” no diário “Vídeo Show”, ambos apresentados por Angélica.
Huck se lançou candidato para pressionar a TV Globo, mas deu tudo errado. Perdeu prestígio com a cúpula da emissora, que ameaçou colocar Márcio Garcia no “Caldeirão” e deu prazo até dezembro para Huck abandonar a candidatura. Ele medrou e obedeceu. Não há possibilidade de continuar com a encenação.
PSB DIVIDIDO – O advogado Joaquim Barbosa, que tem cacife para disputar a eleição, também está atirando a toalha. Vaidosíssimo, ele deixou claro que somente aceitaria a candidatura se o PSB caminhasse unido em torno de seu nome. Mas isso não “ecziste”, diria o padre Quevedo, porque nem Jesus Cristo conseguiu unanimidade.
O PSB está rachado. Uma ala forte do partido, liderada por Márcio França, vice-governador de São Paulo, e Márcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte, quer apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB.
Neste clima, Barbosa não aceita a candidatura. Julgou que seria aclamado pelos socialistas, porque sua candidatura realmente poderia fortalecer o partido.  Mas está dando tudo errado. A única hipótese de dar certo seria o PSB, mesmo dividido, unir-se ao PPS para dar um espaço maior a Barbosa, e aí ele poderia até aceitar.
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