Flávio José Bortolotto
A melhor solução para desenvolver o Brasil ainda é a adoção de uma política nacional caracterizada por planejamento e uso do Estado para criar a infraestrutura básica (eletrificação, energia em geral, transportes, comunicações, tratamento de água e esgoto etc.), com um grande banco estatal para financiar a longo prazo e juros baixos a infra-estrutura, tudo isso visando à industrialização e à criação de um grande mercado interno. Através do antigo BNDE, esta política foi iniciada pelo grande presidente Getúlio Vargas (1930 – 1945) e (1951 – 1954), tendo continuidade com os presidentes Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros e João Goulart, e mantida pelos governos autoritários da Revolução de 1964, que nos retiraram da 50ª posição no ranking mundial e nos alçaram à 8ª posição, com boa industrialização e melhoria sensível no padrão de vida do brasileiro.
Embora com erros e acertos, foi a política mais adequada para nosso desenvolvimento. Hoje, cerca de 80 milhões de automóveis rodam pelo Brasil.
NEOLIBERALISMO – Trabalhando em cima dos erros administrativos que os governos praticaram ao seguindo essa boa política nacional-desenvolvimentista, industrializante, a atual crise econômica faz com que defensores da velha política do liberalismo “laissez-faire” querem voltar ao passado e nos levar à desindustrialização e desnacionalização de nossas empresas públicas e privadas, o que rebaixará fortemente nosso padrão de vida e a capacidade de formação de capital brasileiro, aquilo que o grande Carlos Lacerda sempre chamava de capital bom para o Brasil.
Erros cometidos na perseguição de uma política certa, como foi o caso do nacional-desenvolvimentismo brasileiro, não podem agora ser motivo para se mudar para o modelo liberal “laissez-faire”, de muitíssimo menor rendimento, tanto que seguindo esse modelo liberal laissez-faire durante todo o Século XIX e o início do Século XX, nunca saímos de uma grande roça de café, açúcar e criação de gado, com o povo em baixíssimo padrão de vida.
CAPITAL NACIONAL – Como dizia o grande Carlos Lacerda, somente incentivando uma maioria de empresas com matriz no Brasil (privadas, de preferência, mas em casos necessários, públicas também), daremos um bom padrão de vida ao povo, porque só elas são capazes de desenvolver tecnologia nacional e capitalizam aqui dentro 100% dos seus lucros.
Assim, quando se vende uma empresa de matriz no Brasil (pública ou privada) para o capital internacional, como será o caso da Eletrobras, teremos um pequeno ganho imediato e um prejuízo eterno. Seria um grande lucro se fosse vendida a Eletrobras para uma empresa de matriz no Brasil, mas essa ainda não existe, e dentro do modelo liberal “laissez-faire”, não existirá nunca.
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A melhor solução para desenvolver o Brasil ainda é a adoção de uma política nacional caracterizada por planejamento e uso do Estado para criar a infraestrutura básica (eletrificação, energia em geral, transportes, comunicações, tratamento de água e esgoto etc.), com um grande banco estatal para financiar a longo prazo e juros baixos a infra-estrutura, tudo isso visando à industrialização e à criação de um grande mercado interno. Através do antigo BNDE, esta política foi iniciada pelo grande presidente Getúlio Vargas (1930 – 1945) e (1951 – 1954), tendo continuidade com os presidentes Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros e João Goulart, e mantida pelos governos autoritários da Revolução de 1964, que nos retiraram da 50ª posição no ranking mundial e nos alçaram à 8ª posição, com boa industrialização e melhoria sensível no padrão de vida do brasileiro.
Embora com erros e acertos, foi a política mais adequada para nosso desenvolvimento. Hoje, cerca de 80 milhões de automóveis rodam pelo Brasil.
NEOLIBERALISMO – Trabalhando em cima dos erros administrativos que os governos praticaram ao seguindo essa boa política nacional-desenvolvimentista, industrializante, a atual crise econômica faz com que defensores da velha política do liberalismo “laissez-faire” querem voltar ao passado e nos levar à desindustrialização e desnacionalização de nossas empresas públicas e privadas, o que rebaixará fortemente nosso padrão de vida e a capacidade de formação de capital brasileiro, aquilo que o grande Carlos Lacerda sempre chamava de capital bom para o Brasil.
Erros cometidos na perseguição de uma política certa, como foi o caso do nacional-desenvolvimentismo brasileiro, não podem agora ser motivo para se mudar para o modelo liberal “laissez-faire”, de muitíssimo menor rendimento, tanto que seguindo esse modelo liberal laissez-faire durante todo o Século XIX e o início do Século XX, nunca saímos de uma grande roça de café, açúcar e criação de gado, com o povo em baixíssimo padrão de vida.
CAPITAL NACIONAL – Como dizia o grande Carlos Lacerda, somente incentivando uma maioria de empresas com matriz no Brasil (privadas, de preferência, mas em casos necessários, públicas também), daremos um bom padrão de vida ao povo, porque só elas são capazes de desenvolver tecnologia nacional e capitalizam aqui dentro 100% dos seus lucros.
Assim, quando se vende uma empresa de matriz no Brasil (pública ou privada) para o capital internacional, como será o caso da Eletrobras, teremos um pequeno ganho imediato e um prejuízo eterno. Seria um grande lucro se fosse vendida a Eletrobras para uma empresa de matriz no Brasil, mas essa ainda não existe, e dentro do modelo liberal “laissez-faire”, não existirá nunca.
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