Bom retrato do lulopetismo e afins no artigo de Percival Puggina:
Comportam-se como
coquetéis-molotoff ambulantes. Semeiam tempestades para colher
catástrofes. Estimulam saques e invasões de propriedade. Pregam
desobediência civil. Constroem frases que instigam o ódio e a
agressividade e consideram isso adequado às ações revolucionárias que
gostariam de ver em curso. No geral, não acreditam em Deus nem no céu,
mas creem no inferno e no demônio a quem recomendam seus adversários.
No exterior, falam
mal do Brasil, espalham intrigas e boatos entre companheiros que os
multiplicam por lá e, depois, repercutem essas informações aqui como se
fossem produto de analistas internacionais. Revolucionário de esquerda,
não tem pátria. Sua pátria é qualquer lugar onde possam viver sem
trabalhar, sustentados por alguma instituição interessada em lero-lero e
rastilhos de pólvora. Diante de toda a adrenalina lançada sobre o
ambiente político nacional, não vivêssemos num curto-circuito conceitual
de democracia com tolerância irrestrita, seriam condecorados com
cintilantes pares de algemas por incitação à violência.
Diferentemente do que
muitos creem, tal comportamento não corresponde a um modo peculiar de
fazer política; essa linha de atuação se afasta radicalmente da política
porque é revolucionária. Não há nela qualquer vestígio de boa intenção,
pois tudo o que faz fica sob controle do fígado. É coisa hepática e
biliar. Nada constrói; só destrói. Ninguém pode acusar quem adota tais
posturas de um único gesto de benevolência. O objetivo de suas ações não
é resolver a miséria; a miséria é objeto de discurso e meio para
alcançarem seus objetivos. Seu distributivismo, seu igualitarismo, sua
“justiça social” prescindem de seus próprios bens. Exigem apenas os
haveres alheios.
Não é de qualquer
pessoa determinada que me ocupo aqui, mas de um perfil e de um tipo de
conduta que vem contaminando indivíduos e grupos sociais. O momento
político, num ano eleitoral, cobra discernimento. E o cidadão zeloso
deve estar atento para aquilo que os candidatos expressam aquele. Com a
mesma prudência com que você se afasta de um Dobbermann (cão feroz com
pouco freio), acautele-se contra quem apenas expressa ira e malquerença.
Eles latem e mordem. Note bem: todos os holocaustos e crimes contra a
humanidade foram conduzidos por personagens com o perfil que descrevi.
A justiça não é um subproduto do ódio, a paz não é um subproduto da violência e a democracia não é uma casa de tolerância.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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