quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Lula entra no radicalismo de José Dirceu e vai liderar o tumulto em Porto Alegre


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Resultado de imagem para lula cercado pelo povoCarlos Newton
O ex-ministro José Dirceu não tem o que perder. Sua condenação em segunda instância foi confirmada por unanimidade no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Lava Jato. Seus advogados recorreram com Embargos Infringentes, alegando que houve divergência na pena, que era de 20 anos e 10 meses de prisão e passou para 30 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão. O recurso foi apenas para ganhar tempo, evitando que José Dirceu volte logo a cumprir a pena em regime fechado, o que pode acontecer já em fevereiro.
Como sua prisão domiciliar não tem salvaguardas, Dirceu passa o dia na internet e no celular, comandando a reação petista contra o julgamento de Lula no TRF-4, no próximo dia 24.
LULA INDECISO –Há vários anos Lula e Dirceu estavam afastados. Para se falarem, Dirceu tinha de ligar antes para Paulo Okamotto, que transmitia o recado e Lula dava o retorno. Até que, um belo dia, Okamotto disse a Dirceu para não ligar mais. Recentemente, ao se defrontarem com suas condenações judiciais, Lula e Dirceu voltaram a se falar, são novamente bons amigos.  Desde que foi marcada a data do julgamento, Lula estava inseguro, não sabia como reagir. Mas Dirceu já conseguiu convencê-lo a ir a Porto Alegre no dia do julgamento e se dirigir ao tribunal, que não poderá lhe negar acesso, pois todo réu tem direito de assistir a seu julgamento.
Nesta quarta-feira, Lula confirmou à direção do PT que estará em Porto Alegre no dia 24, para comandar pessoalmente o “combate à ditadura da toga”, nas palavras ofensivas do próprio Dirceu, em sua mais recente mensagem aos petistas, no dia 1º.
TUDO OU NADA – Há quem pense que não vai acontecer nada, será uma manifestação fracassada, como aconteceu em setembro quando Lula prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, sobre acusações de receber propinas da Odebrecht no caso do sítio em Atibaia e da nova sede do Instituto Lula.
Mas há também quem imagine que a situação pode se complicar, porque desta vez é o julgamento decisivo, que vai determinar a impugnação da candidatura de Lula, Por isso, o PT e seus aliados, incluindo os “exércitos” do Stédile (MST) e do Boulos (MTST), que cultivam o radicalismo e gostam de briga.
O problema é que os sindicatos e centrais sindicais estão sem caixa e outras instituições petistas, como a UNE e outras entidades civis. Do outro lado da praça, o governo gaúcho e o Comando Militar do Sul também estão à míngua. Ao que parece, o Rio Grande tem tudo para reviver a Guerra dos Farrapos.
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