segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Com o desemprego, o INSS perdeu 250 bilhões de reais só em apenas três anos


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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Pedro do Coutto
Reportagem de Manoel Ventura e Daiane Costa, O Globo deste domingo, revela que nos últimos três anos cerca de 3 milhões de trabalhadores e servidores de estatais perderam o emprego, fato que afastou do INSS uma receita da ordem de 250 bilhões de reais.  Isso porque o salário médio no Brasil é de 2,3 mil reais por mês e assim multiplicando-se os vencimentos médios por 39 meses, o que inclui o 13º salário chegamos ao montante de 250 bilhões de reais. Mais uma vez fica claro que o desemprego e o subemprego são os maiores problemas que se refletem na arrecadação da Previdência Social.
Mas o resultado que deu base a reportagem de O Globo não se estende a exercícios anteriores a 2015. Referem-se aos anos de 2015, 2016 e 2017. Se considerarmos que o desemprego começou a se acentuar a partir de 2011, vamos certamente encontrar um montante muito maior do que o total de 250 bilhões.
NAS ESTATAIS – Citei servidores de estatais porque o Banco do Brasil, Petrobrás, Correios e Caixa Econômica Federal, principalmente, colocaram em prática programas de demissão e aposentadoria incentivadas.
Tais programas incluem também outras empresas estatais, como é o caso da Eletrobrás, Furnas, CHESF e Eletronorte. Agora mesmo Adriana Fernandes e Irany Tereza, O Estado de São Paulo de ontem, informam que, na Caixa Econômica Federal 7.300 empregados aderiram ao programa de demissão, com bonus especial e mais o FGTS com a multa de 40%. Mas a CEF quer aumentar esse número e reduzir seu quadro de 88.000 servidores.
Esses programas, claro, implicam em menores contribuições para o INSS e o FGTS. A folha de salários, assim, diminui, porém o valor da redução é transferido para a Previdência Social e o Fundo de Garantia. Qual o lucro do governo com isso? Nenhum. Inclusive porque a queda de renda leva ainda a redução de consumo.
OUTRO ASSUNTO – Cláudia Sarmento, O Globo também do dia 28, é autora de matéria de página inteira relembrando a luta de mulheres notáveis que lideraram as campanhas para obterem o direito de voto. Este somente foi conseguido a partir de 1918 na Inglaterra. A conquista refletiu-se, ao longo do tempo na maioria das nações. O Reino Unido foi pioneiro dessa libertação humana fundamental na conquista pela qual tanto se empenharam.
Parece incrível que só 19 séculos depois de Jesus Cristo, as mulheres conseguiram fazer ouvir sua voz e a sua vez nos embates políticos.  Na Suíça – é espantoso – o direito de voto das mulheres só ocorreu a partir de 1971.
Observa-se em relação a 1918 que no mundo inteiro, metade da população não podia votar. Uma ignomínia, uma manifestação de desprezo pela própria condição humana.
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