quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Cientistas chineses anunciam nascimento de primeiros macacos clonados


A técnica utilizada foi a mesma na clonagem da ovelha Dolly, em 1996. Até então 23 mamíferos tinham sido clonados, mas nenhum primata

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Reprodução/ Twitter
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Vinte e dois anos após o sucesso da clonagem da ovelha Dolly, cientistas chineses anunciaram nesta quarta-feira (24) o nascimento dos primeiros macacos clonados com a mesma técnica. Os pequenos foram batizados de Zhong Zhong e Hua Hua.
O mesmo processo já havia sido feito com 23 espécies de mamíferos, mas até então era impossível clonar primatas sem má formação, e superando os abortos espontâneos.
No entanto, em 1997, um macaco já havia sido clonado: Tetra. Porém a técnica utilizada era diferente: é emulada a divisão de um embrião em dois, para gerar gêmeos. Uma equipe dos Estados Unidos conseguiu clonar embriões dos macacos, mas não vivos após a gestação.
Desta vez, cientistas do Instituto de Neurociências da Academia Nacional de Ciências da China, usaram uma técnica de transferência nuclear. Os clones idênticos se desenvolvem a partir da célula de um único indivíduo. Eles utilizaram o fibroblasto do tecido conjuntivo de um feto de macaco. As células foram introduzidas em óvulos vazios, e incubados por mães, até nascerem os clones.
O fato reacende a polêmica da clonagem humana. Em entrevista ao El País, o diretor do Instituo de Neurociências e um dos autores da pesquisa, Mu-ming Poom, afirmou que já “não existem barreiras para clonar primatas”, e por isso a “clonagem humana está mais próxima de se tornar realidade”. Contudo, ele garante que não tem o objetivo “de estender essa pesquisa às pessoas, a sociedade não permitiria”.

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