terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Aleluia diz que PT sofre desgaste na Bahia


Presidente do DEM na Bahia, o deputado federal afirmou que as pesquisas indicam “claramente o desgaste popular” do partido no estado

Tribuna da Bahia, Salvador
30/01/2018 06:39 | Atualizado há 10 horas e 3 minutos
   



Por Rodrigo Daniel Silva e Henrique Brinco
Depois de o senador Otto Alencar (PSD) afirmar que não há uma “fadiga de material” do PT na Bahia, o presidente estadual do Democratas, o deputado federal José Carlos Aleluia, discordou e afirmou, ontem, que as pesquisas indicam “claramente o desgaste popular” do partido no estado. “O raio-X é um processo utilizado para identificar a fadiga de materiais tanto na medicina do senador quanto na minha engenharia. No caso das questões sociais, o instrumento que funciona como raio-X são as pesquisas de opinião. E todas indicam claramente o desgaste popular do PT na Bahia”, afirmou o democrata. Em entrevista exclusiva à Tribuna, Otto, além de negar o desgaste, ressaltou que o eleitor não vai avaliar a legenda na eleição deste ano, mas sim o desempenho do governador Rui Costa (PT) na administração. “Se o senador acha que não, então que ele se filie ao PT, embora seja um grande proprietário de terras”, provocou Aleluia. O deputado federal ainda divergiu do entendimento de Otto Alencar de que a condenação de Lula não influenciará o pleito baiano. “Até parece que o senador não acompanhou as últimas três eleições estaduais na Bahia, onde os que se elegeram estiveram sob o manto vermelho, hoje rasgado e roto, da Turma de Lula”, avaliou.
Eleições - Ainda à Tribuna, Aleluia disse que não sabe dizer qual será o futuro da legenda nas eleições. O deputado federal aguarda um posicionamento oficial do prefeito ACM Neto (DEM) a respeito de sua possível candidatura ao Governo da Bahia. Apesar de já ser considerado como o principal rival do governador Rui Costa (PT) na próxima corrida eleitoral, o gestor soteropolitano tem dado indícios de que pode caminhar em outras direções nos próximos meses. Indagado sobre as possíveis alianças de Neto neste ano, Aleluia tergiversou: “Ainda não há nada definido. Temos que primeiro decidir se ele será candidato ou não. Se o prefeito ACM Neto decidir ser candidato, ele será candidato. A coligação é muito ampla, mas ele disse que tomará a decisão depois do Carnaval”. Essa afirmação joga uma nova suspeita sobre a campanha do prefeito, já que no final do ano passado, o presidente do DEM garantiu que o prefeito é o “plano A, B e C” da legenda.
"Nós só estamos trabalhando com a hipótese de ACM Neto ser o nosso candidato a governador. É a única hipótese que estamos trabalhando. ACM Neto é o plano A, B, C, D, E até Y e Z. Todo o alfabeto", disse Aleluia ao jornal, em dezembro do ano passado.  Questionado novamente se há alguma possibilidade de o prefeito desistir da candidatura contra Rui, Aleluia opinou: “Não acho que ele vai desistir, acho que ele vai ser candidato, mas a decisão é dele”.
“Eu não me preocupo com o PT”, diz deputado
Indagado como fica o cenário político nacional após a condenação do ex-presidente Lula, José Carlos Aleluia preferiu não opinar sobre o assunto. Para ele, o grande número de candidatos do pleito de 2018 é natural e que os postulantes devem se aglutinar com o passar do tempo. “A eleição sempre começa com vários candidatos e depois afunila. Isso é normal em uma competição desse tipo. Os candidatos vão se selecionando. O PT tem liberdade para escolher quem quiser, desde que o escolhido tenha os direitos políticos plenos. Caso contrário, a Justiça vai decidir. Eu não me preocupo com o PT, me preocupo com quem eu vou apoiar”, afirma à Tribuna.
O democrata também confirma que está praticamente definida a candidatura de Rodrigo Maia na chapa presidencial. “Ele vai ser lançado como pré-candidato do partido. E é claro que o partido está mostrando que deseja ter um candidato e que ele será o nome a ser lançado na convenção”. No entanto, ele sinaliza que não há ainda uma definição se a chapa será pura ou não. “Isso é coisa para se conversar. Você não lança um vice-presidente. Você lança o presidente e depois você vai arranjar alguém para ser vice-presidente”.

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