quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Tarô prevê mais drama na economia, conservadorismo na política e 'zebra' na Copa

Giancarlo Kind Schmid aponta tendências para o Brasil e o mundo


O ano de 2018, que terá como regente astrológico Júpiter, o “Grande Benéfico”, promete acirrar os ânimos em diferentes campos de atuação no mundo. Giancarlo Kind Schmid é tarólogo, astrólogo, numerólogo e fez uma profunda análise de projeções a pedido do Jornal do Brasil, para o país e para o mundo, em diferentes área como economia, política e conhecimento.
Uma das sugestões do especialista para as pessoas, em geral, é não assumir compromissos além da capacidade de cada um, pois não haverá espaço para máscaras e fingimentos em 2018, tudo será “colocado em pratos limpos”. As palavras-chave para o ano são autocontrole, resiliência e empenho.
Na política, o especialista indica que o novo presidente do Brasil pode "será alguém que nunca esteve antes no cargo", "com inclinações mais 'conservadoras'".
Para a economia, Schmid frisa que 2018 não deve ser um ano "que levante economicamente o país". Ele destaca que uma frase que resume o que vai acontecer é “nadar, nadar e morrer na praia”. "É uma combinação dos sacrifícios incessantes, onde 'se despe um santo para vestir outro'. Melhora um pouco aqui e ali sazonalmente, com a ilusão de que estamos conseguindo engrenar", indica Giancarlo Kind Schmid.
A Força
A Força
Para o Rio de Janeiro, a previsão também não é animadora. "O Rio de Janeiro? Sugere que não deixa sua crise em menos de três anos", diz o tarólogo. "Os servidores podem começar a receber, mais uma nova onda de greves e protestos marcará o ano de 2018. Júpiter e 'A Força' nos advertem que podemos pagar um preço muito alto pela nossa indulgência e ausência de reação perante os fatos."
O especialista ainda faz sua aposta para a Copa do Mundo de 2018. De acordo com ele, "a taça será destinada a quem aprendeu com as lições passadas". "O que é curioso é que um país que jamais venceu uma edição da Copa leve o torneio."
Cartas para o Brasil
Para o Brasil, Giancarlo Kind Schmid preferiu tirar um par de arcanos para definir a influência para cada setor  - economia, saúde, segurança, educação, esportes, política e infraestrutura. Confira as leituras do tarólogo:
ECONOMIA - Pendurado + 7 de Copas
É uma combinação dos sacrifícios incessantes, onde “se despe um santo para vestir outro”. Melhora um pouco aqui e ali sazonalmente, com a ilusão de que estamos conseguindo engrenar. Objetivamente, a frase que resume essa combinação é “nadar, nadar e morrer na praia”. 2018 não é um ano que levante economicamente o país, apresenta em números até resultados satisfatórios, mas na prática ainda se revela como uma Nação patinando sem sair do lugar. Leve queda de desemprego, mas novas taxas e impostos estão a caminhando, significando que ainda precisaremos continuar lutando para manter as contas públicas organizadas e funcionais. As soluções ainda se mostram paliativas e enganosas. O drama prossegue envolvendo a reforma da Previdência e questões salariais. 
SAÚDE – Carro + Rei de Ouros
Projetos que visem o acesso da população a novos tratamentos, assim como novas regras que envolvam a aquisição de medicamentos de forma popular serão colocadas em prática. Nesse caso, embora o Carro represente avanço, o brasileiro ainda está fadado a pagar um preço muito alto para ter assistência. Em si, a combinação é positiva e aponta para abertura na importação de medicamentos e o acesso mais fácil a coquetéis para doenças imunodeficientes, síndromes ou aquelas que ainda não apresentam uma cura. Uma revisão interna no Sistema Único de Saúde poderá acontecer favorecendo as classes menos abastadas. 
SEGURANÇA – Lua + Cavaleiro de Espadas
Me soa um tanto obscura essa combinação já que a Lua não se revela em sua totalidade. A insegurança é um problema que não é de hoje, as polícias estão identificadas com o arcano do Cavaleiro, e sugere que, no meio dessa confusão toda, o cidadão comum é o que menos sabe das coisas. Lembrando que é um ano onde a verdade prevalece, problemas internos no sistema policial e penal serão largamente discutidos (já que dobramos o contingente carcerário na última década). A Lua é perigosa porque sinaliza mais o aumento de furtos (principalmente em automóveis e residências) do que assaltos em si. Os problemas de sempre, porém, uma necessidade de maior assistência psicológica aos profissionais da segurança e uma avaliação mais profunda da realidade na qual estamos inseridos (quando há excesso ou abuso da força em alguns casos). Sobra para o cidadão modesto sempre, sem perspectiva se uma solução a médio e curto prazo. 
EDUCAÇÃO - Torre + 7 de Ouros
Demorará MUITO para que o sistema de ensino resgate seu verdadeiro valor. O problema crucial da Torre vem com a quebra (fechamento) de escolas e universidades pelo país, sem apresentar, contudo, uma preocupação com as nossas crianças e jovens. Resultado: o ano de 2018 apresenta uma continuidade da desconstrução do sistema de ensino, com chances ZERO de abertura de novas universidades ou mesmo resoluções para as crises que afetam nos últimos anos as federais. A consequência é uma queda no desempenho escolar, nos levando a ocupar patamares cada vez mais baixos no ranking da educação. O 07 de Ouros sinaliza que a superação desses (e outros problemas) é lenta, evocando uma emergente necessidade de priorização do setor que já se encontra há décadas colapsado. 
ESPORTES - Imperador + 8 de Ouros
Eu fui bem objetivo: o Brasil leva essa Copa? Trabalhando, o time e técnico estão. O Brasil teria de tudo para levar esse torneio, mas normalmente o Imperador peca pela sua rigidez ou autoconfiança excessivas. O nosso país tem condições de ir longe, até a final, mas pode se atrapalhar no final do mundial por subestimar o oponente que, provavelmente, nem está entre os apostáveis. Se o técnico jogar sem a energia e não mudar suas estratégias, poderá amargar mais uma final desapontando muitos brasileiros. A regra, para essa combinação, é: jogue todo jogo como se fosse o último. Com um time cansado e desfalcado, o Brasil terá muitas dificuldades. Essa Copa está com cara de dar “zebra”. 
POLÍTICA - Mago + 7 de Paus
De costume normalmente só realizo uma leitura mais acurada para os presidenciáveis quando todos os candidatos se apresentarem. Teremos para 2018 o “mais do mesmo”: novas denúncias, delações premiadas, novas empresas acusadas e informações bombásticas. Haverá uma pressão para que a Lava Jato termine sob o pretexto de “estar atrasando o andamento político do país”. Tanto o Executivo como o Legislativo encontram-se sem interesse de levar as investigações à frente. Até porque esbarra naqueles que hoje também fazem o papel de juízes, promotores e ministros do STF ou do Senado. 
Podemos aguardar uma saraivada de provas, com chances de Cunha ou Geddel ainda abrirem a boca. O primeiro semestre é especialmente exaustivo ainda para o presidente Temer. Ainda que consiga avanços na área política, suas conquistas serão como “vitórias de Pirro”: pífias e inconsistentes. Ao que tudo indica, o novo presidente será alguém que nunca esteve antes no cargo e aponta para alguém com inclinações mais “conservadoras”. Muitas cabeças ainda a rolar em 2018. 
INFRAESTRUTURA – Louco + Cavaleiro de Copas
O arcano 22 ou 0 simboliza a caoticidade de nosso sistema. Onde falta água, luz, segurança, e saneamento, parece que o governo manterá ainda mais distâncias dos mais pobres ou desfavorecidos. A desigualdade galopa e, claro, a insegurança aumenta. O Brasil tem de tudo para decolar, não há déficit na Previdência, pagamos os mais caros impostos em enorme quantidade no mundo. O que falta é administração honesta dos recursos públicos. Naturalmente, onde já falta, “o cinto aperta ainda mais”; muito do que é investido reúne serviços e matéria prima de péssima qualidade, forçando a novos gastos em curto período. 
O positivo de tudo isso é a chance de menos surtos de doenças transmitidas por insetos ou contaminações da água. O problema da exploração desmedida dos nossos recursos naturais como o comércio madeireiro e garimpo na Amazonas por exemplo, sugere o claro descontrole, principalmente fiscal, pois não há investimentos e alguns poucos que atuam, acabam por ser comprados. 
O Rio de Janeiro? Sugere que não deixa sua crise em menos de três anos. Os servidores podem começar a receber, mais uma nova onda de greves e protestos marcará o ano de 2018. Júpiter e “A Força” nos advertem que podemos pagar um preço muito alto pela nossa indulgência e ausência de reação perante os fatos. Nada muda se não começarmos por cada um de nós. 
Giancarlo Kind Schmid
Giancarlo Kind Schmid
Confira as previsões detalhadas do tarólogo, astrólogo e numerólogo:
O ano de 2018 terá como regente astrológico Júpiter, o “Grande Benéfico”, senhor do Olimpo na mitologia romana, planeta das expansões, conhecimentos, graças e crenças. Vale ressaltar que o regente de um ano não dita o ano, mas é o filtro através do qual a mente coletiva operará durante o ciclo de 365 dias. Esse corpo tem a capacidade de ampliar tudo que toca: sejam as oportunidades ou desafios. De todo modo, sua natureza “protetora” reúne em si mais virtudes do que vícios: favorece as viagens, estudos profundos, pesquisas, vida social, a fé, segmentos da justiça e grandes projetos, inclinando ao otimismo e entusiasmo. Seu lado obscuro pende para os excessos ou exageros, autoconfiança desmedida, moralismo exacerbado, fanatismo ou crenças cegas, dogmatismo e desperdícios. 
Unido ao regente do tarô do ano (2018 = 2+0+1+8 = 11) “A Força”, é um ano marcado pelo impulso baseado na necessidade de autocontrole, resiliência e empenho. A Força tradicionalmente nos baralhos clássicos (Marselha, anteriores e derivados) tem a numeração de número 11, substituída pela troca do arcano “A Justiça” no baralho moderno Rider Waite. De todo modo o ano desliza entre a ansiedade de acertar e o estresse do receio de errar, levando-nos a compreender que a vida é feita de “ensaios e erros”. A vibração do regente do ano não é individual (cabe a soma da data de nascimento com o ano vigente nesses casos), mas repercute nos anseios da humanidade. 
O aprendizado por detrás da combinação está no equilíbrio em não assumir mais compromissos do que somos capazes de dar conta. A temática gira em torno da aventura de (sobre) viver: quanto mais nos é dado, mais nos é cobrado. A humanidade precisará compreender o valor da virtude por detrás do arcano (“A Força” era chamada originalmente de “Fortaleza” pelo cristianismo, uma das virtudes cardinais) e se expressa pela firmeza interior, pela retidão moral e pela resistência aos embates e “tentações” que a vida nos impõe. A verdade tende a ser a tônica, portanto, difícil manter-se muito tempo no ciclo praticando logros ou fingindo ser o que não é. Tudo tende a ser “colocado em pratos limpos” doa a quem doer. 
Para o mundo, em geral, a combinação acirra os ânimos ao tratar dos conflitos ideológicos. Estamos já presenciando o estopim americano deflagrado pelo atual presidente dos EUA Donald Trump ao reconhecer que a capital de Israel é Jerusalém. Incitando a intolerância entre os povos árabes, especialmente aqueles que lutam pelo direito de ter o lado oriental de Jerusalém como o seu território, ampliam-se os conflitos na região, incendiando a difícil relação entre o extremo oriente o ocidente. Não podemos esquecer as tensões já existentes entre a Coreia do Norte e os EUA, além da observação preocupada dos países que participam das negociações, como a Rússia e a China. De fato, poderemos presenciar mais ataques terroristas a embaixadas e alvos civis, além de uma nova intifada capaz de derramar muito sangue inocente, principalmente do lado palestino. Júpiter auxilia nas negociações, embora não seja de todo diplomático, normalmente prevalece a opinião do lado que se encontra mais forte. 
O arcano “A Força” se impõe pela coragem e pela capacidade de dominar sem necessariamente utilizar a energia física. Aumenta a destreza em uns pela via jupiteriana, embora suscite a insensatez em outros. O perigo está na condição de quem quer assumir que está com a razão. Há muitos embates que surgem dessa provocação entre religiosos e cientistas. Já acompanhamos há décadas o velho dilema entre criacionistas e evolucionistas, e um novo ramo pseudocientífico que jura de pé junto que o nosso planeta é chato: os terraplanistas. 
O conhecimento é colocado à prova, embora as crenças de alguns ignorem todas as provas e prefiram adotar uma postura, digamos, defensiva. Júpiter e a o arcano 11 sugerem uma profunda revisão no sistema educacional que hoje opera no mundo tradicionalmente, revelando que não basta ouvir o que o professor tem a dizer e sim, buscar a experiência empírica, quando a prática individual atesta a veracidade dos fatos. Algumas religiões ganham vultuosidade, outras podem ser questionadas por suas práticas e dogmas/doutrinas, mas certamente as crenças não ficarão fora das manchetes. 
Acirra-se o conflito entre as religiões de raízes distintas, como já vem acontecendo entre cristãos extremistas e praticantes de religiões afros. Ampliam-se as políticas imigratórias, o mundo poderá olhar com mais cuidado a situação dos milhares de muçulmanos que se encontram espalhados pela Europa e outros continentes. 
O “véu” do sistema judiciário é rasgado revelando podres que, até então, estavam camuflados pela persona de “autoridades que são exemplo”. Novos passos importantes são dados em relação às pesquisas no campo da medicina, assim como aplicabilidade de tecnologias que, até então, estavam restritas a laboratórios.
O ano é marcado pelos questionamentos, Júpiter também envolve a Filosofia e a consistência reflexiva, portanto, apela-se também para a lógica (para quem já é da lógica) e endossa a fé de outros (para quem é mais da fé). Quando ocorre algum evento catastrófico sob essa combinação, normalmente leva centenas ou milhares de indivíduos. E, sucede normalmente pela imprudência: levar gente demais numa embarcação, ou em algum evento que reúna muitas pessoas, dificilmente a tônica envolve apenas dezenas. 
O olhar para as viagens espaciais ganha relevância, com discussões voltadas para bases na Lua ou em Marte. Júpiter é costumeiramente o planeta das aventuras e traz consigo o impulso de romper barreiras geográficas. Literalmente, “o céu é o limite”. 
É um ano que favorece as classes esportivas voltadas para corridas, saltos e desafios dos limites pessoais. Num ano de Copa, o futebol também tem seu lugar de destaque, e a taça será destinada a quem aprendeu com as lições passadas. O que é curioso é que um país que jamais venceu uma edição da Copa leve o torneio.

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