sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Kwid Intense: vale investir no modelo mais caro da gama?


Marco Antônio Jr. / A TARDE SP

Mesmo com poréns, pequeno Renault é o mais equipado para orçamentos de até R$ 40 mil - Foto: Marco Antônio Jr. / A TARDE SP
Mesmo com poréns, pequeno Renault é o mais equipado para orçamentos de até R$ 40 mil
Marco Antônio Jr. / A TARDE SP
O Kwid é uma das grandes surpresas em um ano cheio dos SUVs – categoria a que o pequeno Renault aspira em sua propaganda. Com ângulo de ataque e altura livre do solo comparada à de um crossover, o Kwid é bom mesmo na proposta urbana e na economia. Já vendeu 19,4 mil unidades no Brasil (média de 2,8 mil veículos por mês) e seu preço inicial de sedutores R$ 29.990 miram os concorrentes como o Fiat Mobi e o Volkswagen Up!
Mais do que a vantagem na categoria de entrada, o Kwid fica mais interessante na versão topo de linha, por R$ 39.990, cerca de R$ 5 mil a menos que a versão equivalente do Fiat Mobi (drive com os kits Connect e Tech) e R$ 8.300 do Up! (Move), que é superior em quase tudo, inclusive no preço. Ainda assim, os concorrentes venderam mais que o Renault nos últimos quatro meses, o que pode ser questão de tempo até o jogo virar. Será questão de posicionamento de preço ou nível de equipamentos.
Na sua breve história no mercado até agora, o Kwid acumula duas batalhas importantes: vitória ao obter 3 estrelas no teste de colisão do Latin NCAP e derrota ao viver seu primeiro recall por falha nos freios e na mangueira de combustível.

Completo com deslizes
Andar no Kwid é se despojar da amplitude, porque ele é aconchegante e apertado. Os bancos poderiam ser um pouco mais largos e confortáveis, mas a ergonomia em geral é boa.
O Kwid Intense traz pacote que inclui kit multimídia Media Nav 2.0, com conta-giros, farol de neblina, retrovisores elétricos, apoio de cabeça traseiro central, computador de bordo, câmera de ré e chave-canivete com abertura elétrica do porta-malas. Ar-condicionado, direção elétrica, trava central e vidros elétricos dianteiros completam o pacote. Fica devendo o ajuste de altura dos bancos dianteiros, ajuste da coluna de direção e cintos de três pontos traseiros. Precisa mais para um carro de uso urbano?
O acabamento é bom, com falhas esperadas, mas considerando o que é possível comprar com este preço, o Kwid terá boa relação custo-benefício.
O motor 1.0 3 cilindros flex de 70 cv com etanol e 66 cv com gasolina. Ele é da família SCe, já oferecida no Logan e Sandero, porém mais simples e sem Correia, o que se traduz em custo menor de manutenção. O desempenho é bom com câmbio de cinco marchas apesar dos pedais tão próximos, e com a boa direção elétrica de movimentos bem precisos. Em um carro de entrada, as reduções de marcha são bem percebidas pelo alto ruído da cabine com o som característico do propulsor tricilíndrico.
O estilo é bem acertado, sem dúvida o melhor entre os seus concorrentes novamente inspirado pelos SUVs. Não fossem as pequenas dimensões, o consumidor teria a impressão de estar ao volante de um carro maior. Considerando o orçamento limitado a R$ 40 mil, o Kwid surge como opção mais completa e mais econômica em sua faixa de preço.

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