O DEFENSOR
A
reforma trabalhista, em vigor desde o dia 11, acabou com a necessidade
de homologar rescisões de contratos de trabalho nos sindicatos. Algumas
entidades, no entanto, mantiveram o serviço e, em alguns casos, passaram
a cobrar por ele. As empresas pagam a taxa.
A reforma derrubou um trecho da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) que proibia a cobrança de taxa pela
homologação de rescisão e permitiu expressamente que ela seja feita na
empresa, e não mais no sindicato.
A homologação é feita para conferir se
os direitos -férias, décimo terceiro salário proporcional, multa- foram
pagos da maneira correta pela empresa. Manter o serviço é uma das
principais demandas sindicais depois da implementação da reforma
trabalhista.
O Sindicato dos Comerciários de São
Paulo (SEC-SP), ligado à UGT (União Geral dos Trabalhadores), continua
praticando a homologação das rescisões e cobra uma taxa de R$ 35 das
empresas.
A UGT afirma que a cobrança foi decidida em acordo com os empresários.
“A empresa é quem deve pagar, o
trabalhador já está pagando com o emprego dele”, diz Ricardo Patah,
presidente da UGT e do SEC-SP.
“É um serviço que custa caro, e agora podemos cobrir uma parte desse custo.”
O imposto sindical, extinto pela
reforma, hoje representa 30% do orçamento do SEC-SP, de acordo com
Patah, e a cobrança de uma taxa para homologar rescisões ajuda a
recuperar essa verba.
No Sindicato dos Auxiliares e Técnicos
de Enfermagem de São Paulo, ligado à Força Sindical, o valor cobrado
para a homologação é de R$ 60. A entidade diz que as empresas preferem
pagar para garantir que não haverá passivo trabalhista depois.
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