quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Piada do Ano: Temer e Pezão conversaram, mas sem falar sobre Torquato Jardim…


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Pezão telefonou para Temer e reclamou do ministro
Letícia Fernandes e Eduardo Barreto
O Globo
Interlocutores do presidente Michel Temer avaliaram, nesta quarta-feira, que as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, recheadas de críticas ao comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro, causam um “climão” para o governo e expõem o presidente e o trabalho do governo para contornar a crise na segurança que vive o Estado.
Apesar de oficialmente o Palácio do Planalto se manter em silêncio sobre o tema e por ora evitar embates com o ministro, nos bastidores há até quem fale na possibilidade de exoneração de Torquato Jardim, caso o desgaste cresça e se torne irreversível.
NA HORA ERRADA – Pessoas próximas ao presidente não engoliram a conexão feita por Jardim entre a cúpula da PM e o crime organizado no Rio. Além de considerarem ingratas as declarações, também lamentaram o timing das falas do ministro. Para esses interlocutores, Torquato Jardim ainda ficará “sangrando” e sofrendo desgaste público por muitos dias, dominando inclusive a pauta da Câmara, já que deputados querem convocar o ministro para se explicar na Comissão de Segurança Pública. Isso tudo no momento em que o Planalto quer retomar a discussão da reforma da Previdência e votar as Medidas Provisórias (MP) do ajuste fiscal.
“É aquela sensação de bode na sala, claro que foram declarações infelizes. Mas ainda bem que ele não é do núcleo duro do Temer, então não retrata a posição do governo” — minimizou um auxiliar do presidente, lamentando que a Câmara volte as atenções para isso: — “É fato que o Torquato vai ficar sangrando, e a pauta da Câmara a partir de segunda-feira vai ser a convocação dele” – completou.
OLHAR PARA FRENTE? – Outro assessor do presidente Michel Temer disse que o momento é de “olhar para frente”. Ele afirmou que Temer conversou nesta quarta-feira com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB ), mas segundo ele as denúncias do ministro da Justiça não entraram na pauta da conversa.
“Agora que ele já falou, vamos cuidar do que interessa. Há todo um trabalho de integração de forças para o combate ao crime organizado e o governo continua focado nisso, governo está olhando para frente’.
Embora a narrativa oficial do Planalto seja de que Temer está distante do fogo cruzado entre Torquato e as autoridades do Rio de Janeiro, o Estado é tema frequente no Palácio, inclusive para promover o governo federal.
CITANDO O RIO – O presidente Temer citou nominalmente o trabalho feito no Rio um dia após se livrar da segunda denúncia criminal, na última quinta-feira.
“Agora, vamos nos empenhar para que, em breve, possamos combater a violência no Rio de Janeiro’ — discursou no anúncio de financiamento da Caixa para a prefeitura carioca, enfatizando que a União contribui para a segurança do Rio “há muito tempo”.
Ainda em maio, o governo prometeu que o Estado seria o “laboratório” do Plano Nacional de Segurança e a estrutura foi comparada à da Olimpíada. Um mês depois, contudo, Temer reuniu o governador Pezão, o prefeito, Marcelo Crivella, ministros, parlamentares e secretários fluminenses para dizer que o socorro federal ao Rio não seria “nada pirotécnico”.
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