domingo, 26 de novembro de 2017

Pesquisas eleitorais, para serem mais exatas, têm de excluir a candidatura de Lula


Resultado de imagem para pesquisa eleitoral charges
Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)
Carlos Newton
Conforme já assinalamos aqui na Tribuna da Internet, tudo indica que o Tribunal Regional Federal vai confirmar a condenação de Lula no caso do tríplex do Guaruja, provocando a inclusão do nome dele na Lei da Ficha Limpa e impedindo a candidatura a presidente. Diante dessa possibilidade concreta, os institutos de pesquisa deveriam fazer seus próximos levantamentos utilizando perguntas com duas versões, uma delas incluindo e a outra excluindo o nome do petista.
RESPOSTA ESPONTÂNEA – O quesito mais importante das pesquisa é a chamada “resposta espontânea” à seguinte indagação: “Em quem você vai cotar para presidente?”. Mas agora também precisa ser usada a outra versão: “Se Lula não for candidato, em quem  você votaria para presidente?”. E as novas pesquisas devem incluir todos os possíveis concorrentes, ou seja, não somente os novos candidatos Manuela D’Avila (PCdoB) Paulo Rabello de Castro (PSC) e João Amoêdo (Novo), como também os outros que ainda não estão confirmados, como João Doria, Fernando Haddad, Dilma Rousseff, Michel Temer, Luciano Huck e Joaquim Barbosa.
Vai ser curioso e importante saber o resultado da resposta espontânea sem o nome de Lula, porque pela primeira vez teremos uma perspectiva mais aproximada das preferências do eleitorado. É bem provável que até aumente o número atual de indecisos (30%) e de votos nulos e em branco (26%), segundo o último Ibope.
BOLSONARO LIDERA – As pesquisas reais – sem o nome de Lula – trarão na liderança o nome de Jair Bolsonaro, que ainda nem tem partido, pois está no PSC, que já tem outro candidato, e ainda não se filiou ao PEN, assim apenas uma ficha pré-datada.
O segundo lugar será duramente disputado, ninguém sabe o que poderá acontecer, porque a verdadeira tendência somente será conhecida depois de oficializada a inviabilização da candidatura de Lula, e isso ainda vai demorar alguns meses.
Na minha opinião, isso deve acontecer até maio, no mais tardar, porque já faz quase um mês que a Procuradoria-Geral da República enviou seu parecer ao relator João Pedro Gebran Neto,  no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Portanto, está faltando apenas o desembargador  preparar seu voto e encaminhá-lo ao revisor, para logo em seguida ser marcado o julgamento.
NÃO VAI ATRASAR – Em função da importância social que envolve este processo de Lula, o relator Gebran Neto não vai demorar a preparar seu parecer.  Conforme assinalou o jurista Jorge Béja em recente artigo aqui na Tribuna da Internet, a Lei de Introdução Às Normas do Direito Brasileiro (Lei nº 12.376, de 30/12/2010) é bem clara quando diz no artigo 5º que “na aplicação da lei o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum!”.
É por isso que se acredita que o julgamento ocorra em maio. Depois, haverá recurso (embargos de declaração), mas serão julgados em uma semana. Ou seja, no final de junho o acórdão estará publicado, impedindo a candidatura de Lula.
Somente a partir daí a sucessão presidencial será realmente iniciada, para valer, com muitos candidatos disputando a possibilidade de chegar ao segundo turno e enfrentar Jair Bolsonaro, o único que já tem certeza de que já está lá.
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