quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Meirelles não consegue conter dívida bruta, que dispara para 4,7 trilhões de reais


(Charge: Reprodução/Carta Maior)
Charge reproduzida da revista Piauí
Pedro do Coutto
A equipe econômica do governo Michel Temer, liderada pelo ministro Henrique Meirelles, apesar de seus esforços e da elevação da taxa previdenciária dos servidores públicos de 11% para 14%, não consegue conter a progressão da dívida bruta – que reúne os governos federal, estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as estatais. Em setembro, a dívida bruta atingiu 4,7 trilhões de reais. A informação é do próprio Banco Central e a reportagem sobre o tema é de Fabrício de Castro e Lorena Rodrigues, edição de quarta-feira de O Estado de São Paulo. Sobre o montante de 4,7 trilhões incide a SELIC hoje na escala de 7,5%a/a.
Acentua a matéria que a dívida de 4,7 trilhões representa o percentual de 73% do Produto Interno Bruto. Isso de um lado. De outro, o fato de que os 7,5% de juros produzem uma despesa adicional para o governo na escala de 300 bilhões de reais. O Ministro Henrique Meirelles revela-se sempre preocupado com o ajuste fiscal e com a reforma previdenciária. Interessante indagar como ele vê o crescimento da dívida pública federal. Mas ele jamais toca no assunto.
DÉFICIT CRESCENTE – O ministro de cala, porque o déficit da Previdência está calculado na ordem de 140 bilhões neste ano. A despesa com juros é amplamente superior ao déficit do INSS. Uma coisa, claro, não substitui a outra. Ao contrário. As duas convergem para um desafio econômico financeiro. O que desejo ressaltar é o fato de que o titular da Fazenda nunca se referir ao peso da dívida bruta sobre o contexto econômico do país.
Fabrício de Castro e Lorena Rodrigues publicam em sua reportagem um gráfico focalizando o crescimento da dívida bruta. Este ano, por exemplo o endividamento cresceu em torno de 15% para uma taxa inflacionária que nos últimos doze meses, de acordo com o IBGE avançou apenas 3%.
O esforço do governo para equilibrar as contas públicas conforme O Estado de São Paulo do dia 31, matéria assinada também por Idiana Tomazzeli, inclui o aumento da alíquota previdenciária dos servidores publicos de 11 para 14%, além de adiar seu reajuste salarial. Neste ponto a questão suscita dúvidas até constitucionais. Porque pela Constituição Federal, o reajuste deve ser anual, sem distinção de índices entre os funcionários.
FURNAS NA GREVE – Por falar em servidores, os sindicatos e Associações de empregados de Furnas marcaram uma concentração em frente a sede da empresa para as 13hs. do próximo dia 6, segunda-feira. E anunciaram seu apoio e adesão à greve geral do setor elétrico marcada para o dia 10 de novembro. A greve é contra a privatização das empresas que formam o Holding da Eletrobras.
A privatização depende de lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional.
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