domingo, 26 de novembro de 2017

Luciano Huck e Joaquim Barbosa significam uma rejeição total aos políticos


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Charge do Tacho (Jornal NH)
Pedro do Coutto
Manchete principal de O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, uma pesquisa do Instituto Ipsos, sobre aprovação ou desaprovação de candidatos potenciais à sucessão de 2018, destaca um crescimento de Luciano Huck e Joaquim Barbosa no conceito da opinião pública brasileira. A pesquisa é do Ipsos e a reportagem é de Daniel Bramatti. Lula aparece com o índice de 43%, um ponto acima dos 42% de Joaquim Barbosa. Porém a rejeição a Lula também é muito alta: 56%.
A aprovação do desempenho público de Luciano Huck atinge a escala de 60% contra apenas 32% de rejeição. Marina Silva tem uma aprovação de 35%, mas uma desaprovação também de 56%.
OUTROS CANDIDATOS – Agora vamos ver o que o levantamento aponta para os políticos e também para o ministro da Fazenda, que não pode ser incluído entre os políticos tradicionais, mas que já revelou desejo de concorrer à sucessão de Michel Temer. Vamos aos números. O governador Geraldo Alckmin é aprovado por 24%, índice muito baixo, sendo desaprovado por 67%.
Jair Bolsonaro alcança uma aprovação também de 24 pontos acompanhada de uma rejeição da ordem de 60%. Ciro Gomes tem atuação aprovada por 21% e é rejeitado por 63%. João Dória tem aprovação de 19%, mas é rejeitado por 63%. Vamos citar agora o panorama que envolve Henrique Meirelles. O Ministro da Fazenda é aprovado por 7% somente. E rejeitado por 70%.
O caso de Henrique Meirelles é especial. É possível que a rejeição seja produto do desconhecimento de seu nome, sobretudo junto aos grupos de renda menor. Mas de qualquer forma, talvez em função de seus seguidos pronunciamentos em favor da reforma da Previdência, sua desaprovação é dez vezes maior do que sua aprovação.
OJERIZA AOS POLÍTICOS – A tradução da pesquisa, fazendo-se uma síntese, de qualquer forma revela uma rejeição enorme à política partidária e aos políticos em geral. Esse panorama já é bastante sensível por parte da esmagadora maioria de eleitores e eleitoras.  As posições de extrema, como é o caso de Jair Bolsonaro, representam uma minoria.  O nome da deputada estadual gaúcha Manoela Dávila, que é do PCdoB ,não foi incluído entre as opções. Pode se considerar que, enquanto Bolsonaro representa a direita, Lula, por equívoco ou não, alinha-se com as esquerdas. O resultado da pesquisa funciona apenas como uma espécie de bússola ou termômetro do quadro político do Brasil.
O eleitorado deseja mudança e expressa seu descrédito, decorrente, com razão, de decepções seguidas. Lula, por exemplo, desde sua vitória nas urnas de 2002 trocou sua posição de reformista pela de conservador. Institucionalizou a corrupção na Petrobrás e no BNDES. Em matéria de corrupção foi seguido por Michel Temer. Isso no plano federal. Porque no plano estadual do Rio de Janeiro não há como compará-lo com nenhum outro.
DIRETOR DO DETRO – Basta ler os jornais e observar as imagens no papel e nas telas da televisão e das redes sociais. A Fetranspor representa um escândalo gigantesco. Um diretor de Departamento reclamou em conversa gravada, da redução de sua propina mensal de 1 milhão para somente 600 mil reais.
Esse é o quadro brasileiro exposto amplamente pelo O Estado de S. Paulo.  Quadro no qual se integra um artigo de Vinicius Torres Freire, na Folha de São Paulo de ontem. O autor dirige aos candidatos um desafio lógico e fundamental: como pretendem gerir o país a partir de 2019. Deixo a resposta principalmente para Luciano Huck e Joaquim Barbosa, porque quanto aos demais, o que eles dirão já é conhecido de todos.
Promessas o vento leva. E a esperança fica na memória nacional.
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